Enviado do Papa chegará quinta-feira, 8 de Dezembro a Mianmar, a antiga Birmânia. Vai participar nas celebrações do 100º aniversário da catedral de Rangun
Enviado do Papa chegará quinta-feira, 8 de Dezembro a Mianmar, a antiga Birmânia. Vai participar nas celebrações do 100º aniversário da catedral de Rangun Por ocasião das celebrações do centésimo aniversário da catedral de Rangun, quinta-feria, 8 de Dezembro, a opositora do regime birmanês, aung San Suu Kyi, vai reunir-se com o cardeal Renato Martino, designado pelo Papa para o representar nesta cerimónia. a nóbel da Paz, seguidora do Budismo, e o ministro de assuntos Religiosos da junta birmanesa assistirão à missa de acção de graças que será celebrada pelo cardeal Renato Martini, na catedral de Rangun.

Para esta ocasião, Bento XVI dirigiu uma mensagem ao povo birmanês, que entregou ao seu enviado especial, que foi presidente do Conselho Pontifício de Justiça e Paz. a Igreja metropolitana de Rangun celebra com gratidão e solenidade os 100 anos do seu templo catedral, dedicado a Maria Santíssima, que foi consagrado no tempo de São Pio X, nosso ilustre predecessor. O Papa pede ao seu enviado que leia a sua mensagem durante a solene celebração do centenário: Dirigimos o nosso pensamento a ti, venerável irmão nosso, que presidiste, no passado, ao Conselho de Justiça e Paz e que conheces profundamente as alegrias dos fiéis desta região e as suas dificuldades.

Pede Bento XVI ao cardeal Renato Martino que transmita as nossas saudações a todos os presentes ali congregados, ao arcebispo da Igreja metropolitana de Rangun e demais sagrados pastores, aos presbíteros, aos religiosos e religiosas, aos leigos fiéis a Cristo. O Papa termina pedindo que estenda as palavras da nossa benevolência às autoridades civis e religiosas budistas e a todos os que nutrem especial consideração pela missão da Igreja, pela liberdade religiosa e pelo bem sincero da pessoa humana.

aung San Suu Kyi é líder da oposição birmanesa, ex-secretária geral da Liga Nacional pela Democracia. Durante as eleições de 1990, o seu partido conquistou 59 por cento dos votos e obteve 81 por cento dos assentos no parlamento. Entretanto Suu Kyi já tinha sido detida e colocada sob prisão domiciliária, permanecendo nessa condição durante 15 dos 21 anos de prisão, isto é, desde 1990 até à sua libertação, em Novembro de 2010. aung San Suu Kyi foi galardoada com o Prémio Rafto e o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, em 1990, e o Prémio Nóbel da Paz em 1991. No ano seguinte, recebeu o Prémio Jawaharlal Nehru para a Compreensão Internacional, concedido pelo governo da Índia. Suu Kyi é filha de aung San, considerado o pai da Birmânia.