«Más allá de las Fronteras» – Mais além das Fronteiras – reuniu povos indígenas do Peru, Equador e Colômbia que partilham a mesma fronteira e o mesmo rio
«Más allá de las Fronteras» – Mais além das Fronteiras – reuniu povos indígenas do Peru, Equador e Colômbia que partilham a mesma fronteira e o mesmo rioOs laços que os unem saíram reforçados do sexto encontro tri-fronteiriço, em Leguízamo, Colômbia, de 10 a 14 de Novembro. Música, danças, trajes típicos, desfiles temáticos e outras manifestações culturais e desportivas animaram a festa durante cinco dias. Os povos do Peru apresentaram o tema da luta pela defesa do ambiente, como uma responsabilidade repartida pe­los presentes, num desfile temático. a festa terminou com a limpeza da cidade, o desmontar das tendas e dos negócios, para regressar a casa e à vida quotidiana, com a certeza de que, cada vez mais, a fronteira não divide, mas une povos e culturas. Soplin Vargas celebra 30 anosO povo de Soplin Vargas, Peru, é um dos povos da mesma fronteira e do mesmo rio. Capital do distrito Tenente Manuel Clavero, há 29 anos, não era mais do que um lugarejo de seis famílias. Hoje conta com 600 habitantes e 34 comunidades localizadas ao longo do rio Putumayo. a jovem cidade de Soplin Vargas prepara-se para celebrar 30 anos de fundação, em 2012. Lado a lado com este povo, caminha uma equipa missionária, constituída por um casal de Leigos da Consolata português e um missionário da Consolata coreano, Moon­jung Kim, recém-ordena­do sacerdote. Estão a lançar as bases de uma nova missão em terras do Peru. Viviana Nunes e Rui Sousa acompanham as comunidades de Soplin Vargas na sua caminhada de desenvolvimento humano, social e cristão. Coração da vida da comunidadeVivi e Copi, como é conhecido o casal, estão envolvidos na construção da Maloca para todos, em Soplin Vargas.com este projecto pretendem fortalecer os laços entre as 34 comunidades situadas numa linha de 450 quilómetros, ao longo do rio Putumayo. a maloca representa o coração da vida da comunidade. É à volta deste centro que se desen­rola o crescimento humano e social das famílias e das 34 comunidades que dependem de Soplin Vargas. a maloca desempenha ainda um papel religioso, como espaço de purificação do coração e onde o espírito se liberta do mal. a «Maloca para todos pretende ser uma espécie de igreja, onde para além de reuniões e encontros, se exprime e cresce o espírito comunitário cristão e missionário. Paróquia viaja de barcoObra da comunidade, a construção da maloca será muito simples. além do piso de cimento, terá paredes em madeira e o tecto de palha, segundo os costumes locais. Necessita de mobiliário e de meios para desenvolver as suas finalidades. as actividades que se realizarão na «Maloca para todos dirigem-se não apenas aos habitantes de Soplin Vargas, mas também deverão estar ao alcance das 34 aldeias que fazem parte da paróquia. a maloca terá, portanto, uma vertente itinerante, através de visitas da equipa missionária. Viajando de barco, ficarão alojados durante vários dias para realizar as acti­vidades mais urgentes e requeridas, como por exemplo, a celebração da eucaristia, catequese e formação. Privada de estradas, a região só pode ser percorrida de barco para visitar as 34 comunidades.com o projecto da Maloca para todos, que inclui o barco para transporte, a equipa missionária espera criar os meios para desenvolver a comunhão entre as diversas comunidades. Qual espaço privilegiado de partilha e convívio intercultural, a maloca favorece o diálogo e a evangelização, principalmente nestes lugares onde a mulher nem sempre tem voz. Projecto para quebrar o isolamentoO projecto pretende ainda promover a formação e o artesanato local, como fonte de rendimento das comunidades, assim como actividades lúdicas e outras que respondam às necessidades locais. a Maloca para todos quer quebrar o isolamento e o abandono, de modo especial na educação, saúde e religião, em que vivem estas famílias indígenas, através do desenvolvimento de uma comunidade católica mais unida e mais missionária. Para a realização do projecto, Vivi e Copi contam com a colaboração dos amigos da Consolata e de quantos queiram apoiar a construção da nova missão de Soplin Vargas.