aumento do desemprego, dos impostos e do preço de alguns produtos básicos podem levar ao aparecimento de uma nova classe de pobres. Os candidatos são “pessoas que viviam anteriormente numa situação confortável”
aumento do desemprego, dos impostos e do preço de alguns produtos básicos podem levar ao aparecimento de uma nova classe de pobres. Os candidatos são “pessoas que viviam anteriormente numa situação confortável”O sociólogo Fernando Diogo é da opinião que a situação se agudize à medida que a crise se desenrola e um maior número de pessoas vá para o desemprego. Esta situação, “conjugada com aumentos de impostos, de alguns preços, nomeadamente as prestações da habitação e de alguns bens básicos como a electricidade e o gás, faça deslizar para a pobreza pessoas que viviam numa situação confortável, explicou o sociólogo. Neste momento, penso que já se pode falar com alguma propriedade na nova pobreza, muito embora ainda não tenhamos indicadores estatísticos fiáveis para falar sobre ela.

Relativamente ao caso dos açores, onde Fernando Diogo proferiu uma palestra, o sociólogo afirmou que nos últimos 10 anos, a pobreza no arquipélago reduziu mais do que no resto do país, embora ligeiramente. Na sua intervenção, Fernando Diogo alertou que a pobreza não é exclusiva dos desempregados e salientou que existem muitos trabalhadores que são pobres. Por isso, defendeu que a solução do problema implica uma intervenção em toda a sociedade, dado tratar-se de uma questão estrutural.