Próxima cimeira ibero-americana deverá declarar a década dos afrodescendentes, anunciou o máximo responsável da Secretaria-geral Ibero-americana, que defende a ideia de uma américa Latina “morena, indígena, europeia e africana”
Próxima cimeira ibero-americana deverá declarar a década dos afrodescendentes, anunciou o máximo responsável da Secretaria-geral Ibero-americana, que defende a ideia de uma américa Latina “morena, indígena, europeia e africana”Enrique Iglesias qualificou de histórico o encontro afro XXI, que decorreu em Salvador da Baía, Brasil, entre 17 e 19 de Novembro. O encontro foi dedicado à luta contra o racismo e a xenofobia. Para o chefe da Secretaria-geral Ibero-americana (SEGIB), a reunião serviu para “destacar e celebrar” o contributo das comunidades africanas, que representam entre 150 e 180 milhões de pessoas na américa Latina. Na reunião estiveram presentes os presidentes do Brasil e do Uruguai, Dilma Rousseff e José Mujica.

Um dos grandes activos da américa Latina é a grande mestiçagem de etnias, cada uma com as suas tradições, culturas e crenças, referiu Enrique Iglesias. O responsável lamentou que persistam a discriminação e a exclusão social dos afrodescendentes, pelo que defendeu a criação de uma cultura da igualdade. Inserido nas comemorações do ano Internacional dos afrodescendentes, o encontro afro XX contou com uma participação superior a 2. 500 pessoas. Para Enrique Iglesias, a reunião deu visibilidade aos problemas da comunidade africana, na qual se concentram grandes bolsas de pobreza e de exclusão.