Há imigrantes em Portugal que estão a pedir ajuda para regressar às suas terras de origem
Há imigrantes em Portugal que estão a pedir ajuda para regressar às suas terras de origemOs brasileiros constituem a maioria 1. 790 pessoas candidataram-se ao Programa de Retorno Voluntário (PRV) este ano. Trata-se de uma média de 179 inscrições por mês, o que é um aumento em relação ao ano passado, com 1. 791 inscrições nos 12 meses. Os números são da Organização Internacional para as Migrações (OIM). a tendência tem sido sempre de crescimento, de ano para ano. Em 2007, foram 320, as inscrições, adianta a Lusa. Nos primeiros dez meses de 2011, 87 por cento das candidaturas a este programa foram efectuadas por brasileiros. 455 pessoas já regressaram este ano. Durante o ano de 2010, 562 pessoas regressaram ao país de origem no âmbito do PRV. Este programa, gerido pela OIM, em colaboração com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), é financiado pelo Fundo Europeu de Regresso (em 75 por cento) e pelo Estado português (em 25 por cento). O PRV financia a viagem de regresso do imigrante (o preço médio ronda os 900 euros) e atribui-lhe ainda 50 euros de dinheiro de bolso para despesas. «Muitos cidadãos brasileiros dizem-me que o que ganham aqui não dá para as despesas. Muitos estão cá desde 2005 ou antes e [nessa altura] conseguiam pagar as despesas e juntar algum para enviar para o Brasil, explica Luís Carrasquinho. Muitos destes imigrantes «trabalham das nove às nove e têm dois ou três empregos, acrescenta o responsável pela gestão do PRV e das operações da OIM em Portugal. a seguir aos brasileiros encontram-se os angolanos, mas em muito menor número, comparativamente. 22 pessoas já regressaram à sua terra natal, este ano. Este número é metade do registado em 2010. Cabo-verdianos e são-tomenses retornam menos aos países de origem, com taxas de 2. 6 e 2. 2 por cento em 2011, respectivamente. Ucranianos (1. 5 por cento), guineenses (0. 9 por cento) e moçambicanos (0. 9 por cento) recorrem ao PRV.