População negra acede com mais dificuldade aos serviços de saúde e goza de menos qualidade nos tratamentos. Continua a ser uma minoria nos estratos mais ricos
População negra acede com mais dificuldade aos serviços de saúde e goza de menos qualidade nos tratamentos. Continua a ser uma minoria nos estratos mais ricos
Uma pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, em parceria com o Fundo Baobá, indica que apenas 15,2 por cento dos negros gozam de um plano de saúde (serviço equivalente ao seguro de saúde), contra 31,3 por cento para os caucasianos. “O acesso aos serviços é em geral pior para os negros, que vivem em locais mais distantes, onde o tratamento não é de qualidade”, afirma athayde Motta, director do Fundo que ajuda a desenvolver projectos direccionados para a população negra, segundo a emissora britânica, BBC.
apenas 10,9 por cento da população negra recorre aos médicos particulares; 27,3 por cento das pessoas brancas fazem-no. Para athayde Motta, os primeiros também são afectados por uma “discriminação institucionalizada” nos serviços públicos. “De alguma forma, os serviços do Estado reproduzem o preconceito de parte da sociedade”. De acordo com a BBC alguns médicos acreditam que as mulheres negras são mais fortes e por isso não necessitam dos mesmos cuidados.
De acordo com o Instituto Data Popular, as pessoas de raça negra continuam a ser uma minoria nas camadas mais ricas. Na classe a (que reúne os mais ricos) 82,3 por cento são brancos e 17,7 por cento são negros. Já na classe E (mais pobres), estes últimos representam a grande maioria (76,3 por cento). a classe C, considerada a classe média, é a camada social onde há menos desigualdade.