O Parlamento do Quénia iniciou mais uma sessão, mas parece que a segurança esteja esquecida na agenda legislativa. Os mortos são às dezenas em cada incursão para roubo de gados ou por feudos tribais.
O Parlamento do Quénia iniciou mais uma sessão, mas parece que a segurança esteja esquecida na agenda legislativa. Os mortos são às dezenas em cada incursão para roubo de gados ou por feudos tribais. a 15 de Março, 22 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas em lutas tribais perto da fronteira do Quénia com a Somália. Parece ser a resposta a um ataque semelhante que deixou 30 mortos no início de Janeiro. O feudo é entre dois clãs de origem sómala, que há já dois anos lutam um com o outro, sem que as autoridades ponham cobro a tais desmandos.

é mais um caso. Os jornais de 20 de Março falam de mais ataques e mortos em lugares bem conhecidos pelos missionários da Consolata. Um em Marsabit e o outro em Baragoi. Os atacantes chegam ao desmando de colocar atacantes de guarda ao posto da polícia local, enquanto outros matam e roubam sem receio, desaparecendo depois na imensa savana.

O Quénia é grande e há extensões pouco habitadas, onde malfeitores se podem esconder. Os últimos meses e, especialmente, as últimas semanas viram crescer desmedidamente os casos de assassínios múltiplos e de vandalismo.

O parlamento, que iniciou nestes dias mais uma sessão, e o governo, de quem depende a segurança das populações, parecem estar adormecidos, contentando-se com as habituais declarações a respeito de perseguir e aprisionar os malfeitores, coisa que de facto não acontece.

tobias. oliveira@fatimamissionaria.pt