«Devemos procurar um meio para transformar a maldição dos recursos naturais em algo bendito; mas por onde começar?», afirma Ellen Johnson Sirleaf, Nobel da Paz, no prefácio de um estudo das Nações Unidas sobre os recursos naturais e a paz
«Devemos procurar um meio para transformar a maldição dos recursos naturais em algo bendito; mas por onde começar?», afirma Ellen Johnson Sirleaf, Nobel da Paz, no prefácio de um estudo das Nações Unidas sobre os recursos naturais e a pazO Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente lançou estes dias um relatório sobre a relação existente entre a gestão dos recursos naturais, como os diamantes ou o ouro, e a consolidação da paz. O estudo aborda a situação de mais de 50 nações. «alguns países têm a sorte de possuir preciosos recursos naturais nos seus territórios. Infelizmente tal pode avivar tensões e desencadear grandes conflitos, explica John Cruden, presidente da ELI, uma das entidades responsáveis pelo estudo (Instituto do Direito ambiental). Mas, terminados os confrontos, é tempo de gerir de forma judiciosa os recursos de forma a poder apoiar o desenvolvimento económico, os meios de subsistência da população, a boa governança, a paz e a estabilidade, defende o mesmo, segundo a Rádio das Nações Unidas.

O prefácio do relatório é de Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria e Nobel da Paz 2011. No mesmo deixa uma interrogação provocatória: «Devemos procurar um meio para transformar a maldição dos recursos naturais em algo bendito; mas por onde começar?. O estudo responde a um apelo de Ban Ki-moon. O secretário-geral das Nações Unidas pede mais atenção da comunidade internacional à relação existente entre os recursos naturais, os conflitos e a consolidação da paz.

Para achim Steiner, director executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente, o relatório é um meio para promover a «transição para uma economia verde nas nações que puseram fim aos conflitos internos. Destaca algumas áreas que podem ser favorecidas pela ajuda internacional: ajudar os países a negociar contratos mais vantajosos em relação à exploração dos seus recursos; transparência e mais controlo; encorajar a planificação estratégica e a gestão responsável dos recursos.