«Bem gostaria eu de poder hoje dizer como São Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Sei que muito está por fazer, mas a carreira ainda não terminou», afirmou João Miranda Teixeira
«Bem gostaria eu de poder hoje dizer como São Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Sei que muito está por fazer, mas a carreira ainda não terminou», afirmou João Miranda Teixeira«Deixo de ser bispo auxiliar do Porto, mas permaneço como bispo no Porto, disse referindo-se à «expressão curiosa do bispo diocesano. João Miranda Teixeira diz que «não gostaria para já de cruzar os braços – e já vi que não vai faltar que fazer – mas também nunca gostei de corridas. a sua actuação vai, no futuro, fazer-se conjugando cinco verbos do dicionário: Rezar, Celebrar, Ouvir (mesmo de confissão), Preparar, Visitar.

O bispo auxiliar do Porto despediu-se do seu múnus episcopal activo, numa celebração, também de homenagem, pelo seu serviço episcopal de 28 anos à diocese. João Miranda Teixeira atingiu o limite de idade canónica, 75 anos, e pediu a renúncia ao Papa, que lhe foi concedida. Na Eucaristia solene, o agora bispo auxiliar emérito agradeceu «quanto me foi dado viver, aprender e porventura contribuir para manter viva, nesta nossa terra, a fé dos nossos pais, agora tão provada como em épocas semelhantes da história.

Na homilia da celebração em que lembrou os bispos da sua infância e juventude, referiu-se ainda ao titular actual da diocese, Manuel Clemente e aos seus antecessores, armindo Lopes Coelho e Júlio Tavares Rebimbas, de quem foi bispo auxiliar. «Viver em comum, trocar conhecimentos e impressões em comum, planear em comum é da maior conveniência na Igreja, para não se cair no individualismo nem no isolamento nem no “solteirismo” do celibatário, salientou.

«Vivemos, em Igreja diocesana, tempos e desafios difíceis que implicam todos: bispo, padres, diáconos, religiosos, religiosas, outros consagrados e, em dose cada vez mais acrescida, leigos convictos. Para mim e para cada um repito as palavras de João Paulo II: Não tenhais medo, afirmou. Num momento em que o caminho da Igreja passa por unidades pastorais, João Miranda Teixeira sublinha que aos leigos seja dado «um lugar efectivo e de responsabilidade na comunidade e em que o presbítero, como pastor, desempenhe o que, em primeiro lugar, lhe é pedido, sem se transformar em corredor das sete partidas.