No Quénia, clãs rivais continuam a lutar pela água, essencial para a vida, mas que não pode servir de desculpa para matar. Desta vez 16 crianças foram mortas.
No Quénia, clãs rivais continuam a lutar pela água, essencial para a vida, mas que não pode servir de desculpa para matar. Desta vez 16 crianças foram mortas. O direito à água continua a provocar mortes no Quénia. a 15 de Março passado, em El Golicha, no distrito de Mandera, para vingar uma disputa pela água, os Murule atacaram o acampamento do clã Garre, quando os pastores tinham levado os rebanhos a beber.

a maior parte dos homens estava com os rebanhos. Os Murule entraram no acampamento, munidos de armas de fogo e espadas. atacaram mulheres e crianças, que dormiam, e lançaram fogo às tendas. Na luta, 16 crianças perderam a vida.

O representante local do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF), Heimo Laakkonen, já deu voz ao horror e lamenta que, mais uma vez, as principais vítimas tenham sido as crianças. “Nas terras áridas do Quénia, a água significa a vida, mas nestes dias demasiadas vezes é desculpa para matar”. Só no distrito de Mandera já se contam mais de 20. 000 desalojados pela violência dos últimos meses.

Laakkonen exige a rápida intervenção das autoridades para restaurar a ordem. “Ninguém ganha nestes conflitos. O trabalho de uma vida é destruído, as famílias são despedaçadas e são sempre as crianças que mais sofrem. ”

Só um trabalho paciente com as comunidades Garre e Murule poderá ajudar a resolver os conflitos por métodos Pacíficos. Deste modo as crianças destes clãs “poderão ter os mesmos direitos que a maior parte das crianças do Quénia: crescer, ir à escola e dormir em paz”.