Marcha pelo fim da violência contra as mulheres decorre a 25 de Novembro, às 17h, no Largo Camões, em Lisboa
Marcha pelo fim da violência contra as mulheres decorre a 25 de Novembro, às 17h, no Largo Camões, em LisboaEsta marcha visa sensibilizar a sociedade para este fenómeno da violência contra as mulheres. «É imperativo que se comecem a adoptar, de forma rigorosa e generalizada, os mecanismos necessários para combater as opressões de género, articuladas com opressões económico-sociais, de etnia, nacionalidade, orientação sexual e outras, defende a organização desta marcha.

« a violência contra as mulheres é generalizada e, apesar dos vários Planos Nacionais para a Igualdade e Contra a Violência Doméstica e das campanhas já realizadas, o crime parece não estar a diminuir, adianta a União de Mulheres alternativa e Resposta e a associação de Integração de Migrantes e Minorias Étnicas. O aumento do número de casos de violência doméstica diz respeito ao aumento do número de queixas apresentadas pelas mulheres. «Há, pois, mais mulheres a denunciar e mais gente vigilante. Contudo, sabemos também que muita violência continua invisível, denunciam.

Uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida sexualmente, ou vítima de algum tipo de abuso; e uma em cada quatro mulheres na Europa está exposta a um destes tipos de violência. Em Portugal, só em 2010, foram assassinadas 43 mulheres por violência doméstica e de género (Observatório de Mulheres assassinadas, 2010). a violência parte, maioritariamente, de homens (maridos, ex-maridos, companheiros, ex-companheiros namorados, ex-namorados e parentes). «Recorrem a este meio para preservar ou reforçar o seu poder sobre as mulheres, sendo um problema transversal ao nível social, económico, religioso ou cultural.

a violência acontece ainda muitas vezes no espaço privado da habitação e muitas das mulheres têm receio de apresentar queixa, além da dependência económica e afectiva em relação ao agressor. « a terceira razão, para a invisibilidade da violência contra as mulheres, resulta da perpetuação dos valores dominantes, das tradições e até, das próprias leis, onde o fenómeno já foi considerado natural e normal, raramente interpretado como um crime de género, explicam as duas associações.