O povo da Moita Redonda, em Fátima, está a promover uma campanha de angariação de verbas, para a compra de uma cadeira de rodas para Luís Cordeiro.
O povo da Moita Redonda, em Fátima, está a promover uma campanha de angariação de verbas, para a compra de uma cadeira de rodas para Luís Cordeiro. O jovem Luís Cordeiro (na foto com a fisioterapeuta ) sofreu um grave acidente de viação, a 1 de Maio de 2002, que lhe deixou marcas profundas no corpo. Ficou tetraplégico e dependente dos outros.

O acidente do Luís, então com 22 anos, ocorreu em óbidos, a poucos quilómetros da Escola Superior de artes e Design, das Caldas da Rainha, onde frequentava o terceiro ano do curso de arte e Design.

a mãe, Georgina Cordeiro, lembra, com angústia, as longas estadias em hospitais e os intermináveis meses de fisioterapia, que se seguiram. Pelo meio, surgiram sinais de que o Luís poderia voltar a andar. “Estive cinco meses no centro de reabilitação, na Tocha, para ser operado.

Mas, à última hora, houve um contratempo. Devido às crises de epilepsia, a operação não foi aprovada”, recorda. Por outro lado, a permanência naquele centro devolveu-lhe o equilí­brio e mais sensibilidade nos braços. Já consegue trabalhar “cinco horas no computador” sem se cansar. O que para o Luís representa uma pequena-grande vitória.

“antes do acidente, nunca estava parado”, recorda. E, mesmo sem ter sido possível realizar a operação cirúrgica, Luís não desiste. é no trabalho, na família e nos amigos que encontra forças para superar os dias mais sombrios e manter acesa a candeia da esperança.

“Uma das coisas que me dá mais ânimo é ter os meus tios à minha volta”, revela o jovem, que está prestes a concluir o quarto ano do curso.começou já a fazer um estudo sobre a colecção de peças ligadas aos Índios do Museu de arte Sacra e Etnologia, dos Missionários da Consolata.

“Onde vou buscar mais energia é no trabalho”, confessa, acrescentando que, apesar de estar “sem destreza”, procura ser “criativo”.

Persistem muitas dúvidas sobre a possibilidade de voltar a andar, mas o Luís acredita que, pelo menos, irá conseguir mexer-se melhor. a mãe, que se mantém atenta às palavras do Luís, acredita que, “além das complicações que lhe apareceram”, o “Luís pode recuperar muito mais”.

Lamenta a falta de meios técnicos e humanos. “Penso que se o Luís tivesse uma terapia mais intensiva, recuperava”, considera. E lembra que a terapia rigorosa do Centro de Reabilitação da Tocha ajudou muito na recuperação.

O Luís já consegue deslocar-se na cadeira de rodas e fazer pequenos percursos. Segundo diz, uma cadeira mais funcional, iria permitir-lhe maior autonomia.

No seu lugar está em curso uma campanha para angariar os fundos necessários para comprar a tal cadeira de rodas. Se quiser colaborar, pode depositar o seu donativo na Caixa Geral de Depósitos, na conta 0304011405930, ou na sacristia da Capela de Santa Luzia, Moita Redonda.