«Cada jornal tem a sua identidade e o pior é desviar-se do seu rumo», advertiu antónio Granado, durante o Congresso da associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Em causa estão as expectativas do público
«Cada jornal tem a sua identidade e o pior é desviar-se do seu rumo», advertiu antónio Granado, durante o Congresso da associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Em causa estão as expectativas do público a visualização do filme, «Vox Populi, sobre a Imprensa de Inspiração Cristã e a opinião do público sobre a mesma incentivou o debate entre os oradores e os participantes do congresso da aIC que terminou ontem. Baseando-se no testemunho de um jovem que garantia ler apenas revistas ou jornais dedicados ao tunning [apresentado pelo filme], o padre Nunes Fernandes, do departamento de comunicação do Patriarcado de Lisboa, partiu para uma reflexão sobre as gerações mais jovens. Quem lê não serão os mais novos, lembrou. É necessário ir ao encontro deles nas redes sociais, pois lêem pouco e conhecem pouco os jornais. Mas – defendeu – pode-se falar sobre tudo com um olhar cristão e dando o lado positivo. «Por detrás do rapaz do tunning pode estar um bom cristão, afirmou.
antónio Granado, outro dos oradores presentes, alertou: cada jornal tem a sua identidade e o pior é desviar-se do seu rumo. «É impossível servir todos os interesses. Quando nos começamos a desviar estamos a frustrar as expectativas do nosso público, que espera qualidade. O professor universitário acrescentou ainda que é necessário acompanhar a audiência que está a mudar-se para a internet.

Interrogado sobre o «estar com qualidade na internet ou não estar?!, antónio Granado respondeu que é melhor fazer pouco mas com qualidade, contudo não se deve deixar de estar nas redes sociais. alexandra Serôdio respondeu baseando-se na sua experiência com o site do Jornal de Notícias, órgão de comunicação onde trabalha. alerta: «Nós jornalistas estamos a escrever para os outros jornalistas. Estamos mais atentos aos outros jornais do que aos leitores, explica.

aos participantes, Nunes Fernandes recordou palavras proferidas por um bispo do Iraque: «Convertam-se. «Com a escassez de meios, temos de continuar a contar com o amor à camisola. Caso contrário, muita coisa não se faria. Conta-se com a boa vontade de colaboradores, conta-se com o voluntariado, assegurou. ao debate seguiu uma surpresa cultural. aos participantes foi apresentado um instrumento de percussão: a marimba.