«acabou o tempo de fazer de conta e para quem está a fazer de conta, acabou mesmo o tempo», afirmou o cónego João aguiar
«acabou o tempo de fazer de conta e para quem está a fazer de conta, acabou mesmo o tempo», afirmou o cónego João aguiarO presidente do Conselho de administração da Rádio Renascença defendeu a necessidade de existir um plano pastoral de comunicação em Portugal. « a imprensa católica é essencial para a Igreja, afirmou aos participantes do 8º Congresso de Imprensa de Inspiração Cristã que debate em Leiria o futuro da imprensa católica.

Os jornais de inspiração cristã devem ter «identidade clara, conteúdo afirmativo, visibilidade e deve assentar na «cultura digital, salientou o jornalista. a imprensa católica «não cumprirá o seu papel se continuar desgarrada da pastoral, dessintonizados da Igreja ou cercada pelos muros do adro, realçou.

Num tempo em que estamos «algures entre a esperança e o medo e se nada for feito, a questão não será apenas «Reinventar ou fechar jornais, tema deste congresso, mas pode vir a ser «reinventar e fechar jornais. a comunicação actual, em tempo real, «suprimiu o tempo de espera, o que obriga a outro tipo de resposta, mas «fixar no digital é errado.

Precisamos outra mentalidade, é condição para existir, salientou o sacerdote. E apontou caminhos de futuro, nomeadamente, a «capacidade de produzir conteúdos, em diferentes suportes, apostando na qualidade. «Somos e devemos ser diferentes, apontou salientando que um jornal de inspiração cristã não é comprado por dar as mesmas informações.

O facto é que os leitores são cada vez mais velhos e os jovens, os novos leitores, têm outros comportamentos de leitura, além do «descrédito da Igreja Católica. a informação religiosa deve ser «exacta, objectiva, completa e compreensível, o que significa explicar os conteúdos. Esta informação deve ser «interactiva e sensível e por se tratar de «valores sagrados deve ser tratada com «esmero e consciência do mal que se pode causar.