« a crise que vivemos parece ter chegado à imprensa», defendeu o padre Salvador Santos, na abertura dos trabalhos do 8º congresso da associação de Inspiração Cristã
« a crise que vivemos parece ter chegado à imprensa», defendeu o padre Salvador Santos, na abertura dos trabalhos do 8º congresso da associação de Inspiração CristãO presidente da associação de imprensa de Inspiração Cristã defendeu que a imprensa regional tem um papel específico, sendo «memória histórica do país e do povo. Salvador Santos sublinhou ainda que a imprensa regional é lida na diáspora e «muitos (leitores) continuam fiéis ao seu jornal.

além disso, a diminuição do apoio do Estado aos jornais, o incentivo à leitura (antigo porte pago) actualmente em 40 por cento, (já foi de 100 e 90 por cento), o que tem vindo a criar maiores dificuldades a muitos órgãos de comunicação. O sacerdote e director do jornal « a Defesa sublinhou que este congresso resulta da preocupação da quantidade de jornais e revistas que têm vindo a desaparecer na última década.

O presidente da aIC assinalou ainda o facto de muitos directores e responsáveis de jornais de inspiração cristã estarem ausentes dos trabalhos, numa altura em que passam, nesta altura, por grandes dificuldades. actualmente já fecharam 77 títulos de imprensa de inspiração cristã associados da aIC, que conta ainda duas centenas.

«aí estão todos os desafios, impactos, exigências e que se põem de modo mais premente e até ameaçador, afirmou o bispo de Leiria-Fátima, durante a abertura dos trabalhos. antónio Marto colocou o acento no «reiventar, mas «não se pode deixar de lado a interrogação do fechar.

Reinventar de novo, reconfigurar os jornais de modo a torná-los «capazes de realizar a missão, nos tempos difíceis e apaixonantes como os de hoje. Na análise feita pelo bispo diocesano de Leiria-Fátima, «há outros aspectos que é preciso potencializar tendo em conta «o aspecto de inspiração cristã que liga à cultura, às raízes e vida concreta das pessoas.

Mas, actualmente, as «novas tecnologias dão origem a novas linguagens e novas plataformas e maior consumo de informação digital, realçou o prelado. Numa altura em que os jornais se ressentem da queda de leitores de jornais impressos, o bispo questionou «até que ponto é possível aguentar um jornal ou revista com déficit permanente e se torna num «sorvedouro de dinheiro?.

a crise também coloca novas questões aos jornais, já que muitos estão deixar de ler, para canalizar a verba para outras necessidades, disse antónio Marto. Para além da migração para o digital, os jornais requerem «qualidade, profissionalismo e rigor, se quer sobreviver isto é «se se quer impor na qualidade da comunicação e no mercado.

Na sessão de abertura, o director do Gabinete de Meios da Comunicação Social garantiu que, em 2012, não haverá diminuição do incentivo de leitura (antigo porte pago). Pedro Costa considera que é «mais tempo de reinventar do que fechar.

O jurista, salientou que foram efectuados dois estudos, um referente ao incentivo à leitura e outro referente à organização empresarial dos jornais. Destes saíram conclusões que irão permitir ao poder político tomar decisões neste campo.