as condições de encarceramento em Myanmar desrespeitam muitas normas do direito internacional, indica a amnistia Internacional, que denuncia maus-tratos a prisioneiros e apela à abertura de um inquérito independente
as condições de encarceramento em Myanmar desrespeitam muitas normas do direito internacional, indica a amnistia Internacional, que denuncia maus-tratos a prisioneiros e apela à abertura de um inquérito independente

Em Myanmar, há prisioneiros políticos a viver em condições deploráveis, em celas feitas para animais e sem acesso à água, denuncia a amnistia Internacional (aI). as autoridades birmanesas devem intervir com urgência para acabar com os maus-tratos infligidos a 15 prisioneiros políticos da cadeia de Insein, em Yangon, defende a organização para a defesa dos direitos humanos.

Como a Fátima Missionária já noticiou, os prisioneiros iniciaram uma greve de fome a 26 de Outubro em jeito de protesto, à qual as autoridades penitenciárias responderam com a privação de água potável, colocando em risco as suas vidas. Dois dos prisioneiros foram hospitalizados e oito estão detidos em celas feitas para cães. Os detidos foram também privados de medicamentos e ficaram sem receber visitas das suas famílias ou a correspondência que lhes era destinada.

«ao tratar os prisioneiros desta forma, as autoridades de Myanmar estão a violar o direito internacional, considera Donna Guest, directora adjunta da aI para a região asiática, qualificando a situação de desumana. a responsável defende a abertura de um inquérito independente sobre a alegada colocação dos detidos em celas para animais. Essas estruturas têm cerca de dois metros, não dispõem de janelas, lavatórios e camas.

as condições de encarceramento em Myanmar desrespeitam muitas normas do direito internacional. além da carência em bens essenciais, muitos prisioneiros são torturados e maltratados. Cerca de 300 foram libertados este ano, mas a maioria dos que foram detidos nos últimos anos continuam atrás das grades.