as crianças desses grupos são discriminadas nas escolas públicas. a língua é um obstáculo, em particular, para os meninos e meninas entre os quatro e seis anos que acompanham com dificuldade as aulas em bengalês, língua oficial
as crianças desses grupos são discriminadas nas escolas públicas. a língua é um obstáculo, em particular, para os meninos e meninas entre os quatro e seis anos que acompanham com dificuldade as aulas em bengalês, língua oficial

No Bangladesh, as crianças das minorias étnicas de Chittagong Hill Tracts (CHT) são as que apresentam as piores taxas de alfabetização do país e as que estão mais sujeitas a abandonar a escola. Nas instituições públicas, são vítimas de discriminação, maltratadas pelos professores e pelos colegas bengaleses, adianta a agência Fides. a língua é uma das barreiras que as crianças enfrentam. as mais pequenas, em particular, acompanham com dificuldade as aulas em bengalês (língua oficial). O governo desenvolve iniciativas para melhorar o acesso à instrução, como a abertura de novas escolas nos CHT. Contudo, segundo a mesma fonte, torna-se necessário investir em aulas na língua-mãe.

Vários grupos minoritários manifestam um grande atraso no que respeita ao rendimento, emprego e saúde, além da alfabetização. Um estudo, realizado pelo Human Development Research Centre (Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Humano) sobre as famílias dos CHT (onde vivem grande parte dos grupos), revela que 55. 2 por cento não possui educação básica. a nível nacional, a taxa de crianças que terminam o estudos fundamentais situa-se entre os 55 a 94 por cento.

Outro obstáculo no processo de alfabetização no Bangladesh é a falta de colégios nas áreas rurais, e a pobreza que afecta essas regiões. Nas famílias em que falta alimento, a educação não é uma prioridade. Os pais optam por mandar os filhos trabalhar. Seis em cada dez famílias dos CHT vivem abaixo do nível de pobreza. Grande parte dessa população está concentrada nos distritos de Bandarban, Rangamati e Khagrachari.