” a sabedoria brilha, sem perder a sua frescura, e manifesta-se com bondade aos que a procuram”, lemos na primeira leitura da missa do 32º Domingo comum
” a sabedoria brilha, sem perder a sua frescura, e manifesta-se com bondade aos que a procuram”, lemos na primeira leitura da missa do 32º Domingo comumConta-nos Cristo, no evangelho, a parábola de dez virgens: cinco prudentes e cinco insensatas. Esperavam todas elas, uma noite, pela vinda do esposo. Juntos dirigiam-se para casa de pais da esposa, onde se dava um banquete. Naquela noite, o esposo chegou tarde. as insensatas ficaram sem óleo para as suas lâmpadas e, por isso, não puderam participar na cerimónia das boas vindas ao esposo, nem o puderam acompanhar para a sua casa.

É uma parábola de Jesus acerca do futuro e, de maneira especial, acerca do que acontecerá no fim de tudo. Provavelmente, a maior parte de nós pensa que o passado é sempre o que é mais importante. Mas pensemos, por exemplo, num jogo de futebol em que estamos no 50º minuto do jogo. O que aconteceu no passado deste jogo é importante, mas o que vai acontecer, daí para a frente até ao final, é mais importante ainda. Tudo pode mudar. Nesta parábola Jesus dá-nos uma lição acerca do futuro. Precisamos de abrir bem os ouvidos e os olhos para sabermos o que vai acontecer no futuro. De facto, as virgens insensatas tiveram de ir comprar óleo para as suas lanternas. E quando chegaram a casa do noivo, a porta já estava fechada e não foram admitidas ao banquete: Não vos conheço, disse o esposo. Lá dentro da casa, estavam na sala da alegria, da comunicação alegre entre todos, da participação num acontecimento importante: um banquete de núpcias.

No fim de tudo, haverá um banquete, na casa do Pai do céu. Um banquete que nunca terá fim. Se nesta vida formos insensatos, se não vivermos sempre prontos para receber e acompanhar o Esposo, se não tivermos em nós o óleo da graça, ficaremos para sempre fora da casa do banquete celestial, nas zonas escuras e perigosas da vida, excluídos da alegria do banquete. O convite para a boda é enviado por Deus a todos. Mas nem todos os convidados são prudentes, também há insensatos. Cada um tem de tomar as suas decisões, ninguém as pode tomar por nós. João Batista descreveu o nosso comportamento neste ponto. Dizia ele de Cristo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. E acrescentava: O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria em ouvir a voz do esposo. Esta é a minha alegria, que já está completa. Ele deve crescer, e eu diminuir (João 3, 29-30). Sentirmos a voz do esposo, Cristo. alegrarmo-nos em tudo o que Ele nos diz; é isso que causará a nossa alegria perene. ao fim da parábola Cristo deu-nos uma chave que nos abre a porta: Vigiai, pois não sabeis nem o dia nem a hora.