Há menos vocações ao sacerdócio, mas florescem outras respostas dentro da Igreja, onde aparecem muitos carismas
Há menos vocações ao sacerdócio, mas florescem outras respostas dentro da Igreja, onde aparecem muitos carismas«É menor o número daqueles que hoje avançam pelo caminho do sacerdócio e concretamente também daqueles que avançam pelo caminho da vida consagrada, afirma o presidente da Comissão episcopal das Vocações e Ministérios. Mas, antónio Francisco dos Santos recusa centrar a sua atenção, apenas, nos números. «ao analisar números confinamos-nos à estrutura habitual da vida sacerdotal e da vida consagrada e esquecemos que a vocação tem uma dinâmica muito maior, defende o prelado. O também bispo de aveiro considera que é preciso fazer outra análise. «Temos de verificar que os carismas da vocação são imensos. E têm despontado e surgido e nascido novos carismas e novas formas de vocação, afirma. Há seis anos à frente da Comissão das Vocações e Ministérios, o bispo salienta que, há muitos jovens nos seminários e nos institutos de vida consagrada, e que dão um grande testemunho.

Cada vez mais há jovens que optam radicalmente pela pessoa de Jesus Cristo, «e nascidas em ambientes que humanamente são mais difíceis, mas que nos dizem que Deus continua a chamar como quer, onde quer. as «Jornadas Mundiais da juventude mostraram que há tanta juventude entusiasmada por Jesus Cristo, decidida a servir a causa do Evangelho, disponível para a missão, realça. No VIII Fórum nacional das vocações, onde foi apresentada a pagela para a semana dos Seminários, o prelado quis deixar uma palavra de esperança, em «tempos difíceis e aliciantes. antónio Francisco dos Santos defende que «quem vive no âmbito e no coração do mistério de Deus tem de acreditar que o futuro é um futuro de esperança.

ainda que nem todos pensem a Igreja como missionária «há cada vez mais gente a pensar assim, e é a única forma de ver a Igreja é este rosto missionário que é preciso imprimir cada vez mais. Mudar o modo como ainda hoje se encara a questão da vocação e os novos carismas, nas paróquias e dioceses, passa por tomar consciência que a pastoral vocacional e a missão «não é apenas de um grupo mas é a co-responsabilidade de toda a comunidade cristã, é responsabilidade de toda a Igreja. Em jeito de balanço dos dois mandatos que fez à frente da Comissão das Vocações, o bispo de aveiro sublinha que foi «uma experiência muito gratificante, sobretudo « pela extraordinária presença de tantos colaboradores e o dinamismo que a Comissão episcopal das Vocações e Ministérios procurou imprimir. E este é um «rosto de confiança e de esperança que nos anima e vai continuar.