O resultado das eleições deve ser aceite mas «não será fácil, pois terão apenas um ano para redigir a Constituição e realizar outras importantes reformas», adverte o arcebispo de Tunis
O resultado das eleições deve ser aceite mas «não será fácil, pois terão apenas um ano para redigir a Constituição e realizar outras importantes reformas», adverte o arcebispo de Tunis«Por terem sido as primeiras eleições realmente livres na história da Tunísia, o pleito de 23 de Outubro foi um sucesso, considera Maroun Elias Lahham, arcebispo de Tunis. O partido islâmico Ennahda obteve 41 por cento dos votos. anunciou a formação de um novo governo em 10 dias e deu o prazo de um ano para conseguir uma constituição. «O resultado deve ser aceite e daremos tempo aos vencedores de colocar na prática o que prometeram durante a campanha eleitoral. Certamente não será fácil, pois terão apenas um ano para redigir a Constituição e realizar outras importantes reformas. as pessoas esperam tudo e rapidamente, o que Ennahda ou qualquer outro partido dificilmente podem assegurar, explicou Elias Lahham, à agência Fides.
O dia 28 de Outubro ficou marcado por alguma desordem, em Sidi Bouzid, tendo sido necessário impor o toque de recolher. Houve manifestações contra a exclusão de seis listas da «Petition Popoulaire, dirigida por Hechmi Haamdi, empresário que apoia o antigo presidente, Ben ali. Desvalorizando o sucedido, que considera um «episódio secundário, o arcebispo de Tunis afirma: «Hechmi Haamdi marcou sua campanha eleitoral com um tom demagógico, tentando atrair a parte mais pobre do eleitorado com promessas como subsídios para desempregados. Quando a sua lista foi excluída das eleições por irregularidades, os seus defensores saíram às ruas, provocando os incidentes narrados, mas ao que parece, o episódio deu-se por encerrado. Este personagem é também demasiadamente ligado a Ben ali para ser realmente popular entre a maioria dos tunisinos .