Dificuldades económicas e sociais só serão uma barreira na relação familiar se pais e filhos esquecerem aquilo que os une, defendeu uma responsável da Pastoral Familiar, em Fátima
Dificuldades económicas e sociais só serão uma barreira na relação familiar se pais e filhos esquecerem aquilo que os une, defendeu uma responsável da Pastoral Familiar, em FátimaO papel das famílias cristãs na construção de um novo paradigma socioeconómico foi o tema em destaque na 23a Jornada Nacional da Pastoral Familiar. O encontro, que decorreu em Fátima, este fim-de-semana, reuniu no Seminário do Verbo Divino vários representantes diocesanos.

Jorge Cotovio, de Coimbra, falou sobre «como viver em cidadania. O responsável considera que a crise «vai fazer muito mais apelo aos valores eternos, da espiritualidade. as famílias cristãs terão uma «responsabilidade acrescida, já que «têm uma doutrina da Igreja que os chama a ser cidadãos activos e interventivos, declarou à agência Ecclesia. «É exigido a todos nós um testemunho que expresse esta nossa intervenção carregada de humanismo e que tem também os valores da espiritualidade e interioridade que tanto faltam na nossa sociedade, disse ainda.

Graça Delgado, coordenadora do Departamento Nacional da Pastoral Familiar, julga que as dificuldades económicas e sociais só serão uma barreira na relação familiar se pais e filhos esquecerem aquilo que os une. «Se nós aceitarmos esta crise e efectivamente tivermos a preocupação de ir à verdade da família, onde está o amor, podemos ser mais seguros e comprometer-nos realmente com esse amor, defendeu, segundo a mesma fonte.

José Frazão referiu a percepção de que há algo maior a ligar os seres humanos, além das realidades materiais e terrenas, e que faz parte da essência da família cristã. O sacerdote jesuíta lembrou que era importante que os pais criassem «no quotidiano, espaços humanamente qualificados de reconhecimento de Deus.