Medidas a discutir no G20 podem ser demasiado «leves» para terem impacto sobre os mais pobres, denuncia a rede internacional de agências católicas de desenvolvimento, CIDSE
Medidas a discutir no G20 podem ser demasiado «leves» para terem impacto sobre os mais pobres, denuncia a rede internacional de agências católicas de desenvolvimento, CIDSEUm imposto global sobre as transacções financeiras poderia fazer parte de um longo caminho para estabilizar o sistema financeiro e financiar a luta contra a pobreza e as mudanças climáticas, afirmou em comunicado o presidente da CIDSE, Chris Bain. Os líderes europeus devem continuar a promover o imposto no G20 e esperamos que os líderes que até agora se recusaram a perceber o seu potencial e urgência também o apoiem. a CIDSE gostaria de ver os líderes das 20 economias mais desenvolvidas do mundo reformarem o sistema financeiro global e direccionarem as economias para uma saída da crise que conduza a um mundo mais justo, refere a agência Lusa.

É necessário tomar medidas quando os nove países em desenvolvimento que são membros do G20 representam 58 por cento dos pobres do mundo, reclama a CIDSE. Mesmo nos países desenvolvidos, há um grande número de pessoas que estão a empobrecer devido à crise financeira global. E explica: O G20 continua a concentrar-se num modelo de crescimento ultrapassado que deixa os mais pobres na posição de não poderem beneficiar ou contribuir para a economia. a rede internacional de agências católicas de desenvolvimento considere que a acção conjunta das economias mais avançadas do mundo pode significar muito para os mais pobres, mas com a agenda errada só levará a mais pobreza e desigualdade.

além da necessidade de regular o sistema financeiro mundial, reformar o sistema monetário internacional e resolver os problemas de dívida soberana, o CIDSE pede que seja dada atenção à evasão fiscal, nomeadamente através do fim dos paraísos fiscais, e aos preços dos alimentos. Segundo a CIDSE, se estes assuntos não forem tratados convenientemente, esta cimeira corre o risco de fazer muito pouco, muito lentamente.
a cimeira do G20 decorre de 3 a 4 de Novembro em Cannes, França. O grupo dos G20 é constituído por argentina, austrália, Brasil, Canadá, China, União Europeia, França, alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.