«Pelos que choram e são perseguidos por amarem a justiça: para que se alegrem porque a eles pertence o Reino dos Céus», oram os fiéis na Eucaristia
«Pelos que choram e são perseguidos por amarem a justiça: para que se alegrem porque a eles pertence o Reino dos Céus», oram os fiéis na EucaristiaPerguntaram, um dia, à Lúcia, de Fátima: Se a irmã pudesse resumir a mensagem de Fátima em poucas palavras, que diria?. a vidente pensou, durante uns instantes, e depois respondeu: Que cada um cumpra os seus deveres de estado. Que a professora cumpra os seus deveres de professora, que o pai cumpra os seus deveres de pai, que o sacerdote cumpra os seus deveres de sacerdote, e assim por diante. Se nos fosse dado dar uma olhadela ao Céu, veríamos aqueles santos extraordinários: os mártires, os doutores da Igreja Mas sem dúvida a grande maioria dos santos foram, cá na terra, gente simples, sem características que assombravam todos os que os viam. a maior parte dos santos compõem aquele escol imenso de gente que, simplesmente, procurou cumprir os seus deveres de estado como Deus os definiu na sua Palavra. Por exemplo, nunca conheci nenhum dos meus avós, que não sabiam ler nem escrever, mas sei que me vou encontrar com eles na Casa do Pai dos Céus, isto é, sei que são santos.

Poderá parecer coisa de pouca monta. Mas, ser santo, nos nossos dias, não é assim como vou ali já venho. É que vivemos numa sociedade em que tanta coisa puxa as rédeas para o lado contrário aos mandamentos da Lei de Deus. Não é por bruxedo, claro! Mas tem o mafarrico muito a ver com isto. Vemos a explicação do último livro da Palavra de Deus, o apocalipse ou Revelação, capítulo 12. São João vê um sinal no Céu: uma mulher (a Igreja, a Virgem Maria) que está para dar à luz. Queria o Dragão, Satanás, devorar o filho da mulher, mas não conseguiu. O Dragão, furioso, foi fazer guerra contra o resto da descendência da mulher, isto é, contra aqueles que guardam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus (apoc 12, 17). Ele não faz o seu trabalho sozinho. Muita ajuda tem ele, de muitos dos seus adeptos, cá na terra, mesmo, às vezes, dói dizê-lo, certos membros no interior da Igreja, cujo orgulho os leva à traição.

No evangelho da festa de Todos os Santos ressoa, como estribilho, uma palavra que Jesus aplicou a tanta gente que O conhece e O ama, mesmo em circunstâncias difíceis: Bem-aventurados: os pobres, os que choram, os humildes, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os obreiros da paz, os que injustamente são acusados de toda a espécie de mal por amor de Cristo. a todos estes, diz Cristo: alegrai-vos e exultai, pois grande é a vossa recompensa nos Céus!. Mais uma verdade: todos estes santos e santas sentem alegria em serem nossos irmãos e irmãs, e lá estão à nossa espera a interceder por nós junto do Pai.