O colégio de São Miguel comemora 50 anos com um ciclo de «dez momentos fortes», abertos à comunidade, além das actividades curriculares da própria instituição de ensino
O colégio de São Miguel comemora 50 anos com um ciclo de «dez momentos fortes», abertos à comunidade, além das actividades curriculares da própria instituição de ensinoO ano jubilar é «um marco em três direcções. Um «marco que pretende evocar o passado, que é um passado que nos dá gosto ao mesmo tempo que «pretendemos celebrar o presente em que estamos apostar fortemente. Mas, também, «queremos preparar o futuro, com solidez, a partir deste ano, com raízes fortes, explica o actual director geral do colégio diocesano, fundado há 50 anos por intuição do segundo bispo da diocese.

O programa interno aposta no lema «asas prontas a voar, a síncope hino do colégio. E este ano, vive-se um clima de «base operacional educativa de sucesso com planos de voo, esquadrilhas, briefings; assinalando, também, os 50 anos que o fundador do colégio deixou de ser capelão da base área de Monte Real, para se dedicar a este projecto educativo.

além do programa curricular das actividades que no colégio se desenvolvem sempre, todos os anos, e ao longo de todo o ano, «o principal, isto me prezo dizê-lo e reafirmá-lo, não são as aulas, são as pessoas, a sua felicidade, a amizade entre elas e eles a verdade da sua vida e a exigência com que devem partir para o mundo.

O colégio de São Miguel nasceu com «uma alma muito grande, gigante. Não por vaidade mas por imposição do bispo que a criou e que, para Joaquim Ventura, se antecipou ao concílio Vaticano II e entendeu cedo a questão da educação ao serviço das famílias. O sacerdote tem feito a defesa da Escola não estatal desde há 50 anos, um assunto que pertence à identidade da escola. Trata-se da «defesa da igualdade, nas mesmas condições, para as famílias portuguesas escolherem o projecto educativo para os seus filhos.

além das disciplinas que era preciso ensinar, «é preciso formar pessoas, disse-lhe João Pereira Venâncio, recorda o sacerdote. «Formar cidadãos para o país e cristãos para a igreja, lembra. E o projecto de educação comunitária foi o escolhido por Joaquim Ventura, ao longo dos 50 anos, baseada em três pilares. «Entendi que a pessoa humana tem que ter três pilares para ser útil a si própria e ao mundo: a amizade, a verdade e a exigência. E remata: há 50 anos «fiz aqui o novo avé de Fátima.

Às críticas que o colégio de São Miguel é «exigente, o padre Ventura defende que «ai daquela escola que não é exigente, para formar a exigência no coração das pessoas. E reage: «Temos sofrido com certas referências, mas não sabem o que estão a dizer, estão a desviar completamente um projecto grande e nobre e a atirá-lo para uma espécie de mediocridade que nós não aceitamos.

Dos 10 momentos comemorativos, o primeiro aconteceu no dia do arcanjo São Miguel, 29 de Setembro, com um programa vasto, mas um ponto alto na celebração eucarística, presidida pelo bispo antónio Marto. Depois de um debate com o professor Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a situação da escola não estatal em Portugal, de que Fátima Missionária deu conta, há outras actividades planeadas, como exposições, conferências, terminando com um jantar comemorativo em Outubro de 2012. Consulte o programa.