Três jovens que seguiram a vida religiosa deram o seu testemunho pessoal, no âmbito do VIII Fórum Nacional das Vocações, que decorre em Fátima. «Deus cativou-me pela liberdade que me deixou», afirmou uma das oradoras
Três jovens que seguiram a vida religiosa deram o seu testemunho pessoal, no âmbito do VIII Fórum Nacional das Vocações, que decorre em Fátima. «Deus cativou-me pela liberdade que me deixou», afirmou uma das oradorasPara Teresa Correia de Pinho, da congregação Verbum Dei, o primeiro despertar deu-se no dia do seu baptizado, aos nove anos. Recorda em particular a letra do cântico desse dia: «Vós que foste baptizado. Destaca também um encontro do grupo de jovens da paróquia, durante o qual observou com muita atenção o sacerdote que os acompanhava enquanto orava na capela da casa de retiros. Tocou-a em particular a atitude assumida na oração e mais tarde a sua homilia.

O segundo grande momento ocorreu durante as Jornadas da Juventude em Roma. Na celebração final do encontro, o Papa lembrou aos jovens presentes que deviam decidir o Quê, o Como, o Quando, mas a grande pergunta era Quem, a Quem entregarem toda a sua vida. a primeira reacção foi de medo: «Quando percebi que Deus me estava a chamar fugi a sete pés. Naquele momento a resposta foi «não, mas «Deus cativou-me pela liberdade que me deixou, explicou aos presentes. Mais tarde, quando ainda estudava Engenharia Electrónica na universidade de aveiro, foi capaz de dizer sim.

João Ferreira Santos, seminarista dos Olivais, sentiu nascer o interesse pelo sacerdócio ainda na infância, aos seis anos. À pergunta «O que queres ser quando fores grande? respondia automaticamente: «Padre. Sempre esteve ligado à Igreja, mas foi uma visita pascal que o marcou em particular; um problema numa perna que o afectou logo de seguida levou-a repensar a sua vida. a passagem pela cidade francesa de Lurdes e especialmente o sacerdote com o qual partilhou o quarto foram outros elementos importantes no despertar da sua vocação. «Foi Deus que me encontrou. Não fui eu que parti para Deus, costuma dizer.

O jovem estudou Engenharia do ambiente na Universidade de aveiro e, concluído o curso, o seu maior desejo era arranjar trabalho. Contudo, o tempo que passou em casa no desemprego (em 2005) levou-o a pensar no sentido que queria dar à vida. Tornou-se clara a vontade de seguir o caminho do sacerdócio, mas com o objectivo definido de antes conseguir um emprego. O seminarista apresentou aos presentes algumas propostas para a pastoral vocacional. João Ferreira Santos considera importante fazer despoletar nas universidades o sentido da vida. «Precisamos de levar os jovens a perceber quais são os critérios que norteiam a sua vida. Depois a preparação que é dada: «as universidades tem de aumentar o grau de exigência. É necessário despertar o desejo de criar algo novo, defende.

ausenda Filipa Rosa Pires, da paróquia de Linda-a-Velha, destaca a passagem pela comunidade de Taizé como uma experiência que mudou a sua vida. «Pela primeira vez tinha rapazes a olhar para a Bíblia e que não eram chatos. Sobre a vocação, a consultora financeira de 28 anos de idade destaca alguns pontos importantes como a alegria de ser chamada, a liberdade com que foi dirigida e o rezar e estar de forma autêntica. a jovem considera que não é nos momentos fortes que se dá a resposta a Deus, mas é sim o «depois que faz toda a diferença. Sobre a questão do acompanhamento, destaca a importância de poder contar com um director espiritual, alguém que é, em parte, a «palavra da Igreja.