Governos da região devem tomar medidas para conter o crescimento populacional e a degradação dos recursos, que intensificam a pobreza
Governos da região devem tomar medidas para conter o crescimento populacional e a degradação dos recursos, que intensificam a pobrezaO uso e a gestão da água na bacia do rio Nilo pedem novos métodos para aumentar a produtividade agrícola, revela um relatório das Nações Unidas divulgado esta quinta-feira. No texto avisa-se que os governos devem tomar medidas para conter o crescimento populacional e a degradação dos recursos, que intensificam a pobreza.
O relatório, que inclui os resultados de um projecto de uma década, liderado pela Organização para a alimentação e agricultura (FaO) e financiado pela Itália, observa que a degradação ambiental, as secas, instituições fracas, a baixa capacidade financeira, infra-estruturas inadequadas e a instabilidade social conspiram para perpetuar a pobreza na região, tornando-se essencial ter uma estratégia de planeamento local.

Segundo a FaO, a população da bacia do Nilo, que actualmente atinge cerca de 200 milhões de pessoas, deve aumentar de 61 a 82 por cento até 2030. Isto é particularmente preocupante numa região em que alguns dos 11 países que são atravessados pelo Nilo – Burundi, Egipto, Eritreia, Etiópia, Quénia, República Democrática do Congo (RDC), Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda – estão entre os mais pobres do mundo.