“Se os ateus não encontram a fé, depende também dos não-crentes”, afirmou Bento XVI em assis, 25 anos depois do primeiro encontro do Papa Wojtyla
“Se os ateus não encontram a fé, depende também dos não-crentes”, afirmou Bento XVI em assis, 25 anos depois do primeiro encontro do Papa WojtylaO comboio «Frecciargento, o meio de transporte escolhido pelo Papa para deslocar-se, partiu esta manhã, 27 de Outubro, da estação do Vaticano para assis, transportando Bento XVI e os 300 líderes religiosos do mundo que participam na jornada interreligiosa pela paz. Uma escolha insólita, mas que tem precedentes. Já João XXIII tinha utilizado o caminho-de-ferro para deslocar-se até à cidade de São Francisco. a grande novidade deste encontro de assis é a presença de grandes intelectuais não-crentes.

Bento XVI na sua intervenção, em Santa Maria dos anjos, assis, referiu-se aos novos e temíveis rostos da violência e da discórdia. Passados 25 anos, “continuam a ferir o mundo. O terrorismo e a religião são usados como justiticação da violência, afirmou o Papa. Lembrando a história, confessou que também em nome da fé cristã se recorreu à violência: reconhecemo-lo, cheios de vergonha. E acrescentou: É absolutamente claro que foi uma utilização abusiva da fé cristã, em contraste indiscutível com a sua verdadeira natureza.

Bento XVI, com os 300 representantes de todo os credos do mundo, celebra o 25º aniversário do encontro interreligioso histórico de oração pela paz, querido por João Paulo II, em 27 de Outubro de 1986. Na basílica de assis sucederam-se as intervenções de 10 delegados a representar as várias religiões do mundo. Pelos não-crentes interveio a filósofa e psicanalista francesa Julia kristeva.