Escrevi estas linhas durante uma semana de repouso que estive a gozar em Mombaça, junto das tépidas águas do oceano índico
Escrevi estas linhas durante uma semana de repouso que estive a gozar em Mombaça, junto das tépidas águas do oceano índicoacompanhou-me aquela incerteza a que me referi no texto do mês passado, que denunciava em mim uma ponta de pessimismo, ao constatar que para o bom povo do Quénia a pobreza, a carestia e a insegurança são pão de cada dia ou, como eu dizia, chuva no molhado. Nestes dias toca-nos ainda acrescentar as incursões terroristas vindas da Somália com o consequente rapto de pessoas, entre as quais duas doutoras espanholas, cujo paradeiro continua desconhecido.
Nestes dias, esse toque de pessimismo levou-me a prestar mais atenção à outra face da moeda, ou seja, às tantas razões que levam ao optimismo. ajudou-me nisso um livro que já há muito desejava ler e que apresenta a oração como um encontro de dois centros, o humano e o divino. Se, de facto, o nosso Deus é aquele em quem vivemos, nos movemos e existimos, como diz São Paulo, não é difícil concluir que os males que nos assolam são bem pouco em comparação com a lista interminável dos bens que, dia após dia, nos visitam. a nova Constituição da República que, lentamente, está a ser implementada, a luta contra a doença especialmente a mortalidade infantil que viu crescera população do país de nove para 40 milhões, em menos de 50 anos, assim como as liberdades política, social e religiosa, eis aqui algumas das muitas razões que nos levama exclamar: Corações ao alto!. Valeu-me a pena parar esta semana. Foi uma paragem regeneradora.