Francisco José Viegas diz que governo vai apostar na educação para a cultura, a partir do ensino básico, na abertura do colóquio da associação Portuguesa de Museologia, no Museu de arte Sacra e Etnologia, em Fátima
Francisco José Viegas diz que governo vai apostar na educação para a cultura, a partir do ensino básico, na abertura do colóquio da associação Portuguesa de Museologia, no Museu de arte Sacra e Etnologia, em FátimaFrancisco José Viegas considera que «não se investe em públicos e que se deve começar na escola. a aposta numa educação para a cultura deve começar no básico e prolongar-se até ao secundário, disse aos jornalistas, à margem dos trabalhos. O responsável pela pasta da Cultura adiantou que as «mudanças serão já visíveis no Verão e que se traduzem num conjunto de medidas e iniciativas que estão a ser preparadas em conjunto pela Secretaria de Estado da Cultura e do Ministério da Educação. «Se não actuarmos rapidamente na escola, educando para a arte, cultura e património, «temos jovens que saem das escolas sem saber o que é Mozart, Shakespeare, salientou. Francisco José Viegas afirmou que há um «excesso de equipamentos culturais vazios e ainda que está a ser efectuado um levantamento desses equipamentos, de forma a encontrar uma solução. Estes equipamentos vazios «são obra de políticas locais muito generosas que, depois, não têm sustentabilidade e estão abandonados. «Temos que planear melhor, disse o governante, realçando que «é imoral investir onde há «equipamentos culturais abandonados. até agora «temos pensado o investimento na cultura enquanto «administração pública empreiteira (equipamentos) e isso, às vezes, não é nada bom, criticou. «Estamos a ter uma crise de público para a cultura, mas a solução não são as visitas gratuitas porque «a gratuitidade sai-nos cara. Referindo-se ao encerramento dos monumentos ao domingo de manhã, de forma gratuita, o secretário de Estado da Cultura considera que essa política desvaloriza o património e desresponsabiliza as pessoas dos cuidados para com este património. « a prática da gratuitidade sem critérios está a pôr em causa a qualidade do público, o que pode ter como consequência a «degradação da oferta. O secretário de Estado criticou ainda a falta de «sensibilidade por parte de entidades privadas e empresariais e frisou que é hora de apoiarem os museus. «Em Portugal não temos esse hábito, ao contrário de outros países, apontou. «Não bastam as ajudas do Estado, é necessário que a sociedade compreenda e apoie a cultura, concluiu.