a nova evangelização é feita com base no diálogo. Já não se trata da primeira evangelização de baptizar os Índios, mas de deixar que peçam o baptismo
a nova evangelização é feita com base no diálogo. Já não se trata da primeira evangelização de baptizar os Índios, mas de deixar que peçam o baptismo«Nós íamos para ensinar, mas aprendíamos muito com eles. Eles são os índios do Roraima, no Brasil, com quem o padre Eduardo Frazão trabalhou duas décadas. No dia mundial das missões, o missionário da Consolata partilhou a sua experiência de missão com os índios brasileiros. «agora a gente escutava, explicou, referindo-se ao modo como viviam com aqueles povos, sem tentar baptizá-los.

O grande perigo, actualmente, é o da perda da identidade, salientou Eduardo Frazão. Por isso, os missionários da Consolata, presentes no Roraima desde 1937, têm insistido para os índios que vão estudar na cidade regressem à maloca (aldeia) e ali desenvolvam actividades na agricultura. Porque «há a tentação de ir para a cidade, fazer curso e não voltar, disse. aqueles que não encontram emprego acabaram por enveredar pela marginalidade, crime e prostituição.

a Igreja esteve ao lado dos índios na luta pela demarcação das suas terras, lembrou o missionário da Consolata. «Fomos perseguidos, mas valeu a pena lutarmos, disse, referindo-se às perseguições de que a Igreja foi alvo, por parte dos fazendeiros e poder político. a homologação das reservas indígenas foi uma luta que terminou com Lula da Silva, o antigo presidente do Brasil, e o reconhecimento que deu às terras onde sempre viveram os índios e que sempre exploraram. Uma luta com muitos anos de avanços e recuos.