«as novas autoridades do país devem romper totalmente com a cultura de abuso de poder instaurada pelo regime do coronel Mouammar Kadhafi », defende um director da amnistia Internacional
«as novas autoridades do país devem romper totalmente com a cultura de abuso de poder instaurada pelo regime do coronel Mouammar Kadhafi », defende um director da amnistia Internacional a justiça deve reinar na Líbia depois da morte do ditador, Mouammar Kadhafi, capturado ontem, defende a amnistia Internacional (aI). a execução do coronel é o fim de um capítulo da história do país, marcado pela repressão e violência, considera a organização. Mas – adverte Cláudio Cordone, um dos directores – estas não irão cessar se não forem apuradas responsabilidades em relação ao passado e se «os direitos humanos não foram integrados nas novas instituições da Líbia.

« a morte do coronel Kadhafi não deve impedir as suas vítimas de obter justiça, e os inúmeros representantes do Estado da Líbia, suspeitos de terem cometido graves violações dos direitos humanos, devem ser julgados. Mouammar Kadhafi dirigiu o país africano com «mãos de ferro durante 42 anos, «abafando as liberdades individuais e qualquer forma de dissidência política. Tornou as instituições públicas «totalmente ineficazes. Não existe nenhuma sociedade civil independente, nem liberdade de imprensa, nem partidos políticos na Líbia, indica a aI.

«as novas autoridades do país devem romper totalmente com a cultura de abuso de poder instaurada pelo regime do coronel e avançar com as reformas ao nível dos direitos humanos de que o país tanto necessita, afirma Cláudio Cordone. a reestruturação total da justiça penal é umas das medidas apontadas.