«Não conseguimos esconder o desejo de elevar este Santuário do Bom Jesus a Património da Humanidade, antes disso, é preciso que ele se eleve primeiro»
«Não conseguimos esconder o desejo de elevar este Santuário do Bom Jesus a Património da Humanidade, antes disso, é preciso que ele se eleve primeiro»«Em Braga, apelidada de “capital do barroco”, queremos recordar o trabalho invulgar do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles. Foi este o prelado que encarregou o arquitecto e engenheiro Manuel Pinto de Vilalobos, em 1722, para elaborar um plano geral «deveria permitir uma autêntica devoção popular onde os fiéis percorressem os passos dolorosos de Cristo para participar na responsabilidade de edificar uma “Jerusalém restaurada”. a última pedra foi colocada em 1811, salientou o arcebispo de Braga, durante a abertura dos trabalhos do congresso luso-brasileiro do barroco.

«Conhecer o passado e elogiar quem acreditou na capacidade de o edificar, legando-o ao futuro, não pode ser um mero acto cognoscitivo sem repercussões pessoais e instituições, considera Jorge Ortiga. O prelado fez uma referência histórica à construção do santuário, enquanto fruto «duma força interior que sintetizarei no amor a uma causa para bem (aqui espiritual) de toda uma região.

O primaz de Braga defende que as conclusões deste congresso «poderiam recordar a urgência de criarmos uma mentalidade de corresponsabilidade em tornarmos vivos os monumentos religiosos que os antepassados edificaram. Jorge Ortiga aponta a necessidade de haver mais gente que se comprometa e lute «com as suas capacidades e talentos, de grande ou exígua dimensão, para tornar a beleza deste local mais atractivo.

O Santuário do Bom Jesus, que atrai milhares de fiéis e turistas pode ser inovador e servir de exemplo. Para o prelado, «o património enriquece a natureza e poderemos ser referência nos itinerários ou produtos turísticos que oferecemos a crentes e não crentes. E terminou a sua intervenção pedindo apoio no restauro e maior cuidado deste património.