«as ordens religiosas situam-se na fronteira e também procuram fazer missão de fronteira», defendeu o superior dos missionários do Verbo Divino, durante o painel da manhã dos trabalhos do congresso dos 500 anos da Ordem da Imaculada Conceição
«as ordens religiosas situam-se na fronteira e também procuram fazer missão de fronteira», defendeu o superior dos missionários do Verbo Divino, durante o painel da manhã dos trabalhos do congresso dos 500 anos da Ordem da Imaculada ConceiçãoJosé antunes da Silva salientou que a fronteira geográfica é, nos dias de hoje, a mais fácil de ultrapassar. Mas «as fronteiras cultural, social e religiosa são «difíceis de ultrapassar, considerou. O verbita enumerou situações de fronteira e questionou os participantes sobre qual o lado da fronteira em que se encontram as ordens religiosas. De um lado estão os «pobres e marginalizados, enquanto do outro estão «países e pessoas que não têm o mínimo para sobreviver e sem acesso do mundo desenvolvido.
as diferentes culturas podem «colocar em causa tradições e «trazer medo e insegurança, salientou o orador. Certo é que em diferentes religiões há outros valores que «são desafio para nós praticarmos melhor a nossa religião , bem como podem provocar «repulsa ou respeito.
a missão de fronteira deve ser apanágio da missão, apontou o missionário do Verbo Divino. «Dar-se é o primeiro verbo da missão e a missão deve ser feita ao estilo do «Bom Pastor. Condição importante para o sucesso da missão é o diálogo. «O missionário deve partilhar a experiência de fé, sem isso não há diálogo, disse o missionário.
O diálogo com outras culturas pressupõe a «constituição de comunidades religiosas interculturais, a viver e rezar juntas, sinal do reino de Deus , refere o verbita. a missão é «derrubar muros, mas «as ordens a viver na fronteira correm o risco de incompreensão, salientou o sacerdote. a missão deve ser encarada como «profecia e não apenas como «crítica. No terreno devem aparecer «alternativas e formando comunidades pastorais, concluiu.