a dívida externa é um jugo pesado, com que se debatem muitos países. São utilizados recursos importantes, subtraí­dos ao desenvolvimento do país, para pagar os juros dessa dívida.
a dívida externa é um jugo pesado, com que se debatem muitos países. São utilizados recursos importantes, subtraí­dos ao desenvolvimento do país, para pagar os juros dessa dívida. Uma caracterí­stica comum dos chamados “países pobres” é a avassaladora dívida externa. São normalmente milhões de dólares, pagos anualmente em juros acumulados. é um Círculo vicioso. O empréstimo, feito para pagar juros de dívidas, exige novos empréstimos para pagar os juros do empréstimo. E assim sucessivamente. Um enorme entrave ao desenvolvimento de um país.

O tsunami de Dezembro passado, que tanto lesou as pessoas e a economia dos países afectados asiáticos, fez levantar um coro de vozes a nível internacional, pedindo o perdão da dívida externa desses países. Juntamente com o alí­vio do sofrimento do momento, a proposta significaria também a oportunidade de um futuro melhor.

Durante a conferência internacional sobre a crise provocada pelo tsunani, instituições financeiras e vários países propuseram moratórias da dívida externa e créditos com juros baixos. São pequenas ajudas, que aliviam o peso da dívida externa nestas economias.

a Itália propôs um caminho alternativo: a reconversão da dívida externa. a Indonésia já não terá de pagar 25 milhões de euros à Itália, mas deverá usá-los para financiar projectos de desenvolvimento. O acordo foi assinado a 9 de Março, culminando uma negociação que começara em 2004.

O processo foi acelerado depois do tsunami de 26 de Dezembro. a Indonésia comprometeu-se a usar os referidos fundos para financiar projectos de saúde, desenvolver áreas rurais e combater a pobreza. assim a dívida deixa de ser um peso e passa a ser um motor de desenvolvimento.

De acordo com os dados do Banco Mundial a Indonésia tem uma dívida externa de 132 mil milhões de dólares, o equivalente a 80 por cento do seu produto interno bruto.