Feliz Martins, sacerdote e missionário Comboniano, a trabalhar na região ocidental do Sudão, constata que o Darfur está a viver uma situação crí­tica de violentos conflitos e miséria absoluta
Feliz Martins, sacerdote e missionário Comboniano, a trabalhar na região ocidental do Sudão, constata que o Darfur está a viver uma situação crí­tica de violentos conflitos e miséria absolutaNum encontro aberto ao público na Livraria Bertrand, no Chiado, em Lisboa, no final da tarde de ontem (13), o sacerdote contou em por menor, aos presentes, o que está realmente a acontecer aos povos da região do Darfur. «Vive-se uma situação de insegurança total, a violência é grande e os campos de refugiados aumentam sempre. além disso, o governo controla as organizações humanitárias, denuncia o religioso.

O missionário português encontra-se há duas décadas no Sudão. Nos últimos cinco anos esteve na região do Nyala, um dos locais mais violentos da região, segundo o mesmo. Durante a sessão foi entregue ao sacerdote um cheque no valor de 7. 331 euros, referente à venda do livro «Lágrimas do Darfur de Halima Bashir e Damian Lewis, editado em 2009. Por cada livro vendido, um euro revertia para a Plataforma Por Darfur.

O encontro foi promovido por esse movimento, que reúne várias organizações portuguesas que lutam em favor da paz e da justiça social. as dinamizadoras da Plataforma por Darfur são as seguintes organizações: africa-Europe Faith and Justice Network, amnistia Internacional, Missionários Combonianos, Comissão Justiça e Paz dos Religiosos de Portugal, Fundação aIS, Fundação Gonçalo da Silveira e associação Mãos Unidas Padre Damião.

No final do encontro, o grupo «Tocá Rufar animou os que passavam no local. Também foram distribuídos folhetos às pessoas com o objectivo de informar e sensibilizar as pessoas para a situação crítica que se vive na região sudanesa, com campos de refugiados sobrelotados e centenas de milhares de pessoas deslocadas. O conflito regional sangrento soma, segundo as estimativas, cerca de 450 mil mortos e três milhões de desalojados.