Bispo fala em mirandês na celebração da oitava da sua ordenação episcopal e início do ministério, em Miranda do Douro
Bispo fala em mirandês na celebração da oitava da sua ordenação episcopal e início do ministério, em Miranda do Douro«Deus da sala vazia, Deus das igrejas vazias, do pão e do vinho que ninguém quer. Todavia Deus convida, não obriga. Ele convida não ao trabalho e canseira da vinha, mas da festa. Deus não se desencoraja, encontra sempre novas possibilidades, afirmou José Cordeiro na celebração da Eucaristia, na concatedral de Miranda do Douro, a partir do texto do Evangelho sobre o banquete. Foi ali, em Miranda do Douro, recordou o prelado, que nasceu a diocese, há 445 anos.

O mais novo bispo de Portugal salientou que «alguns imaginam Cristo como o sacramento da salvação de todas as pessoas, mas que está “lá em cima”, e depois a Igreja, outro sacramento, como estando “cá em baixo”, e, por fim, os sete sacramentos da Igreja, realizados de vez em quando. a vida em Cristo, defendeu o prelado, «tem início na vida presente e será perfeita na vida futura. É Cristo que «se une aos homens pelos mistérios, comunicando a vida nova, frisou.

Durante a homilia, José Cordeiro recordou um «grande bispo oriundo de Miranda do Douro, abílio Vaz das Neves (1894- 1979), que escolheu como lema para o seu brasão e orientação da vida episcopal a frase de São Paulo, escutada na segunda leitura: «Tudo posso n’aquele que me conforta. a vida em Cristo «não se ensina, aprende-se e experimenta-se, disse aos fiéis. Jesus convida sempre, cada um a segui-lo.

O bispo titular da diocese de Bragança-Miranda falou no dialecto próprio das gentes da terra. Em mirandês lembrou palavras do Papa, numa referência ao Evangelho como palavra desafiante, como apelativo ao encontro com a pessoa de Jesus Cristo. Numa exortação a Santa Maria Maior, pediu a intercessão para que ajude a ser guardião e testemunha da fé cristã, transmitida pelos antepassados.