Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade está disponível para se recandidatar a novo mandato. «O trabalho não está completo, mas essa não é a razão mais importante»
Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade está disponível para se recandidatar a novo mandato. «O trabalho não está completo, mas essa não é a razão mais importante»«Neste momento difícil que o país atravessa, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está a ser um parceiro, em termos de pensamento e de estratégia, extremamente importante e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão a ser uma almofada social fundamental. É conveniente não interromper essa missão, defende o padre Lino Maia. O facto de, actualmente, não ser conveniente haver «rupturas no diálogo com o governo e a necessidade de «resolver, e bem, nos próximos tempos, o problema das instalações para o seu funcionamento, levam o sacerdote a disponibilizar-se para mais um mandato.

Em entrevista ao jornal oficial da CNIS «Solidariedade, o pároco de aldoar, diocese do Porto, salienta que a instituição «goza, de facto, de uma boa imagem que não é resultante de grandes afirmações. É fruto da persistência, da coerência e do empenhamento na causa nacional. ao longo de seis anos, o sacerdote tem estado à frente da CNIS. agora, se os vários responsáveis entenderem que o padre Lino Maia poderá continuar o trabalho, a assembleia geral terá de permitir que concorra a um terceiro mandato.

O sacerdote lembra que o «nós vemos que agora há políticas que estão a ser implementadas que resultaram das propostas apresentadas para o sector, por este parceiro. aliás, Diz o padre Lino Maia, «os partidos que por acaso agora compõem ou sustentam este governo e os que estão na oposição assumiram várias propostas da CNIS. Não há uma fidelização a um ou dois partidos, há uma fidelização à causa nacional. Podem contestar opções, práticas deste governo, mas não contestam de modo nenhum a postura da CNIS, esclarece.

O problema da sustentabilidade é «um problema muito, muito sério que tem vindo a ser equacionado por instituições. «Se a tendência é para que o Estado, até pelas dificuldades que tem, não transfira mais meios para este sector, e se estão a diminuir as comparticipações dos utentes, por causa da crise, com o desemprego, com as dificuldades das famílias, põe-se claramente o problema da sustentabilidade das instituições, salienta o sacerdote.

Para «olhar com alguma esperança para o futuro, a CNIS aponta duas perspectivas: «o alargamento das respostas, isto é da moderação das exigências e «permitir às instituições alguma auto-sustentação, na prestação de serviços à comunidade. Há uma terceira medida, que resulta também dessa questão das exigências, que é a do envolvimento crescente do voluntariado nas instituições. Mas «não como uma forma de dispensar funcionários nas IPSS, mas como maneira de envolver mais pessoas, esclarece o responsável.

Lino Maia salienta que «este momento é muito difícil, não tenhamos dúvidas, mas está a emergir uma consciência que vai permitir tempos novos para a comunidade nacional. Torna-se necessário «usar tudo: os meios, as nossas capacidades para a causa comum, para aquilo que é colectivo. O sacerdote mostra-se confiante e com esperança na juventude que tem «condições, aptidões, classificações muito superiores às daquela geração que, de algum modo, é responsável pela situação existente. Não há um conflito de gerações, realça o pároco da diocese do Porto. Há uma consciência «têm que ser construtores de tudo. E por isso é que não notamos grandes manifestações, grandes conflitos. Eu olho para esta juventude com grande apreço, conclui.