“Habitarei para sempre na casa do Senhor!”, canta o refrão do salmo responsorial
“Habitarei para sempre na casa do Senhor!”, canta o refrão do salmo responsorialO evangelho do 28º Domingo comum apresenta uma parábola para nos levar a reflectir sobre a nossa vida em relação ao Reino de Deus. Descreve que um rei deu um banquete na ocasião do casamento do seu filho e mandou convites a muitas pessoas. Quando chegou a hora, enviou os seus servos dizer aos convidados que viessem, pois chegara a hora do banquete. Não faz muito sentido, mas os convidados começaram todos a desculpar-se, que não podiam ir ao banquete, por razões sem importância. Ficou o rei muito indignado com tal comportamento e mandou os seus servos trazer para a sala do banquete todas as pessoas que encontrassem, boas e más. E assim foi feito.com toda a delicadeza, foi o rei, de mesa para mesa, cumprimentar cada um dos presentes. a dada altura, encontrou ele um senhor que não tinha o traje de cerimónia, que era entregue a cada pessoa ao entrar na sala. Perguntou-lhe o rei: Como é que tu entraste aqui sem o traje de cerimónia?. O conviva nem se dignou responder. Foi então lançado fora da sala.

Com esta parábola Jesus continua a esclarecer o mistério da sua pessoa: Ele é o filho do proprietário da vinha (parábola do evangelho do Domingo passado), o Filho do Rei que dá o banquete (evangelho de hoje). Jesus é o Messias porque o dono da vinha é Deus e Jesus é o seu Filho. Deus, o rei da parábola, convida o seu povo para o banquete nupcial do seu Filho, convida todo o seu povo a participar na grande alegria das núpcias de Jesus com a Igreja que nós somos. Os servos enviados a chamar os convidados são os profetas que anunciaram o Reino de Deus e a vinda do Messias. Os convivas são primeiro o povo hebreu, que não chegou ao conhecimento de Jesus como verdadeiro e único Messias. Os chamados para o banquete, bons e maus, são gente de todos os povos, raças e nações que agora fazem parte da nova aliança, que se tornaram membros do Reino de Deus. E assim Jesus revela o coração do Pai misericordioso que é fiel à sua promessa de salvação para toda a humanidade, o Pai amoroso que convida todas as pessoas a entrarem na sala do banquete, a Igreja do seu Filho.

O banquete das núpcias é o símbolo da amizade entre todos os homens, é o sinal da nossa comunhão com Deus, o penhor da bem-aventurança celeste e a prova que Deus está presente no meio do seu povo. ao mesmo tempo, o convite para o banquete das núpcias do Filho de Deus é um convite a todos os povos e indivíduos a entrarem para a casa e a companhia de Deus, para assim conhecerem melhor o Senhor do universo e se tornarem membros da sua família, a Igreja. Banquete e alegria são inseparáveis. a alegria será plena nas núpcias do Céu, mas já está presente na terra entre todos os que aceitam o convite para as núpcias do Cordeiro. Um mistério plana sobre esta realidade, pois muitos são chamados, mas pouco os escolhidos (Mateus 22, 14). Todos nós somos chamados. Basta correspondermos à chamada, e assegurada fica a nossa salvação.