Pela segunda vez foi possível ver João Paulo II à janela da Clínica Gemelli, muito mais ágil nos seus gestos, mais repousado e descontraído. Longamente abençoou os fiéis.
Pela segunda vez foi possível ver João Paulo II à janela da Clínica Gemelli, muito mais ágil nos seus gestos, mais repousado e descontraído. Longamente abençoou os fiéis. Tal como se previa, João Paulo II abeirou-se da janela da Clínica onde há 11 dias foi operado, saudou e abençoou os fiéis, reunidos no recinto. aparentemente em forma e muito mais leve nos seus gestos e no seu semblante. Não havia microfones para que o Papa pudesse fazer ouvir a sua voz, apesar de os cardeais que no visitaram nos últimos dias terem afirmado que está a recuperar gradualmente o uso da palavra, a pós a traqueotomia a que foi submetido.
Foi longamente aplaudido tanto no largo da Clínica como na Praça de São Pedro, onde o arcebispo Dom Lenardo Sandri leu a sua mensagem antes da habitual oração do angelus e abençoou em seu nome as pessoas presentes. O Papa quis manifestar toda a sua gratidão pelos sinais de afecto que lhe têm chegado nos últimos dias, sobretudo através de “numerosos cardeais, bispos, sacerdotes e grupos de fiéis, embaixadores e delegações ecuménicas”. Manifestou um apreço especial pela maneira como crentes de outras religiões, sobretudo hebreus e muçulmanos fizeram chegar a sua amizade e a sua oração.
O Santo Padre pediu depois a todos que continuem juntamente com ele a preparação para a Páscoa, “oferecendo a Deus também o sofrimento, pelo bem da humanidade e pela nossa purificação”. O mundo católico, em particular, segue com interesse esta caminhada quaresmal de João Paulo II. Prova disso foi a oração mariana que os 10. 000 estudantes universitários fizeram no sábado passado na sala Paulo VI, pela terceira vez consecutiva, em ligação e comunhão com vários santuários marianos e capitais europeia. O Santo Padre seguiu pela televisão esta celebração e participou nela através de uma sua mensagem.
Em Roma, uma numerosa multidão prestará hoje a última homenagem ao herói da libertação da jornalista Giuliana Sgrena, o agente da polícia secreta italiana Nicola Calipari, que caiu em Bagdade sob os tiros do exército americano, quando seguia para o aeroporto. Este agente, pessoa muito estimada no ambiente romano, irmão de um sacerdote que trabalha na academia da Vida do Vaticano, tinha tido já um papel preponderante na libertação das outras duas jovens anteriormente sequestradas. a sua coragem e dedicação foram amplamente reconhecidas e a sua morte está a causar não pouca polémica nas relações entre a Itália e américa.