Primeiro país do mundo a introduzir uma sobretaxa sobre produtos e alimentos que engordam é a Dinamarca. a partir de 1 de Outubro, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite e alimentos processados passam a pagar mais impostos
Primeiro país do mundo a introduzir uma sobretaxa sobre produtos e alimentos que engordam é a Dinamarca. a partir de 1 de Outubro, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite e alimentos processados passam a pagar mais impostosUm pacote de 250 gramas de manteiga sofre um aumento de mais de 14 por cento, enquanto o litro do azeite de oliva custa 7 por cento a mais, segundo o jornal Copenhagen Post. Os produtos que contiverem mais de 2,3 por cento de gordura saturada estão sujeitos à sobretaxa. a medida está a gerar polémica entre consumidores, que terão de gastar mais nas compras de supermercado, e entre os representantes da indústria alimentar.

a decisão pode levar muitos dinamarqueses a cruzar a fronteira para fazer as suas compras na alemanha, segundo a Federação Dinamarquesa de alimentos e Bebidas. Na véspera da entrada em vigor das medidas, a população fez compras, em grande quantidade, de produtos como manteiga, queijo e azeite. Foi uma semana caótica, com muitas prateleiras vazias. as pessoas encheram os frigoríficos, comentou um proprietário de um supermercado de Copenhaga.

Há cientistas que contestam a taxa. Uma parte da comunidade científica defende que a gordura saturada não é necessariamente o maior inimigo da silhueta. Segundo estes especialistas, mais nocivo é o excesso de sal e açúcar, assim como elementos presentes em alimentos como o arroz branco, macarrão, massas e outros feitos a partir de farinha de trigo refinada, como pão branco, biscoitos e bolachas.

Um estudo recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostra que o índice de obesidade na Dinamarca está abaixo dos índices de outros países ricos. Em 2005, a obesidade atingia 11 por cento da população dinamarquesa, enquanto a taxa de peso excessivo no país era de 45 por cento Entre os países da OCDE, esses números eram de 16 e 50 por cento, respectivamente. Em termos de comparação, nos EUa, 34 por cento da população são obesos; no México, 30; no Brasil, 16; na França, 11; e no Japão, 3 por cento, segundo os números da OCDE.