Quando a meados do mês procuro um tema para partilhar com os leitores da Fátima Missionária, começo a prestar mais atenção às notícias e, inexoravelmente, deparo com uma ladainha de desgraças
Quando a meados do mês procuro um tema para partilhar com os leitores da Fátima Missionária, começo a prestar mais atenção às notícias e, inexoravelmente, deparo com uma ladainha de desgraçasNestes dias, as notícias dizem respeito à fome que alastra no Quénia e em toda a África Oriental, mas há também desgraças novas e evitáveis. Vejamos! Na semana passada, numa favela de Nairobi, os habitantes descobriram que o oleoduto que passa por baixo das suas barracas perdia gasolina. a fome é má conselheira e o povo começou a recolher o precioso líquido em jarros e panelas. Mas, bem cedo, a fartura se transformou em tragédia, quando o oleoduto explodiu levando consigo mais de cem vidas e outras tantas barracas com todo o seu recheio. Caso semelhante é a tragédia da carnificina nas estradas onde quase diariamente o número de mortos supera a dezena. No domingo 18 de Setembro, os jornais mencionavam onze mortos no choque frontal de um autocarro com um camião, na estrada que liga Nairobi a Mombaça. Mais triste ainda é caso das aguardentes caseiras falsificadas, que causam a morte ou deixam cego ou inválido quem as consome. Porquê estas calamidades? Nalguns casos é a ignorância, noutros a incúria, em todos a ineficácia do poder político. Gostaríamos de narrar um mundo diferente, mas a nossa missão é aqui e agora. a ordenação sacerdotal de um novo missionário da Consolata, em que participei, em 17 de Setembro, recorda-me que afinal não há só chover no molhado. Há também bênçãos para hoje e nova esperança de um amanhã melhor e mais justo.