Tem um jeito muito pessoal de anunciar Jesus Cristo! No sertão do nordeste brasileiro, Domingos Forte, jovem missionário da Consolata de airão, Guimarães, arrasta jovens e adultos. Pelas ruas da cidade de Jaguararí­, saúda toda a gente, ouve confidências e desabafos, e espalha sorrisos e palmadas nas costas
Tem um jeito muito pessoal de anunciar Jesus Cristo! No sertão do nordeste brasileiro, Domingos Forte, jovem missionário da Consolata de airão, Guimarães, arrasta jovens e adultos. Pelas ruas da cidade de Jaguararí­, saúda toda a gente, ouve confidências e desabafos, e espalha sorrisos e palmadas nas costas”Todos os homens por natureza tendem ao saber. Isso demonstra o seu amor pelos sentidos, [] independentemente da utilidade. E, entre todos, preferem a visão []. O motivo é que, mostrando a multiplicidade das diferenças, a vista consegue adquirir o conhecimento, mais do que todos os outros sentidos. Palavras de aristóteles, na sua obra mais famosa, « a Metafísica, um verdadeiro marco milenar do pensamento humano. Haverá alguém que se atreva a contestar o ponto de vista do filósofo? a visão é o sentido que mais proporciona o conhecimento. Prova disso, é o facto de a palavra ideia vir do grego ver. Podemos ter ideias, conhecer, porque vemos. Na cultura ocidental – na Bíblia, as coisas são um pouco diferentes! – é muito importante ver, muito mais que ouvir, por exemplo. Na era digital, da imagem, do look, ver reveste-se de uma importância especial. Mas, Deus não se pode ver!Está aqui? Não O vemosOs primeiros cristãos viam Jesus porque o Senhor [invisível] todos os dias visitava a comunidade daqueles que eram salvos (cf at 2, 47). Segundo Pedro, é uma presença que se vê e se sente no amor. Este Jesus, vós O amais, mesmo não o tendo visto, e agora, sem vê-lo, acreditais nele (1Pd 1, 8). Tomé, nosso irmão gémeo, não via, mas depois viu: Porque me viste, creste, Tomé; bem-aventurados os que não viram e acreditaram (Jo 20, 29). Este itinerário espiritual baseado sobre o invisível propõe uma visão sobrenatural, assente num sexto sentido – em nós muito pouco desenvolvido! – a fé. Crer no InvisívelO Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas (Jo 14:26). É belíssima a imagem de Cristo que sopra o Espírito Santo sobre os apóstolos. Na missa crismal de quinta-feira santa, o mesmo gesto é feito pelo Papa e bispos do mundo inteiro, sobre o óleo perfumado, para que se transforme em crisma de salvação. Soprar para comunicar o Espírito: um gesto eficaz. O Espírito é chamado por um título tão estranho: Consolador. Consolador de quem?Consolador dos homens que não podem ver o amado, mas caminham na luz-sombra da fé. Consola-nos na nossa incapacidade de ver Cristo, como os apóstolos viram. Precisamos do Espírito Consolador, o sopro de Cristo que aviva no coração de cada cristão a fé baptismal. O evangelista João diz-nos que é possível acreditar sem ver. Diz-nos algo ainda muito mais forte: há uma bem-aventurança, uma felicidade, na fé sem visão. a nossa fé está radicada na Palavra e nos actos praticados por Cristo. Precisamos de um regresso diário e pessoal ao Evangelho. O enérgico convite do Ressuscitado, dirigido hoje, a cada um de nós, é para abrirmos os nossos corações e mentes à sua Palavra.como Tomé, possamos gritar: Meu Senhor e meu Deus!. Que o amor empurre os cristãos para o heroísmo da sequela, para que a fé aumente no coração dos que crêem. afinal, isto não é ofício só de padres!