“ao vosso poder, Senhor, tudo está sujeito, e não há quem possa resistir à vossa vontade”¦ Vós sois o único Senhor do universo”, cantam os fiéis no início da Eucaristia do 27º Domingo comum
“ao vosso poder, Senhor, tudo está sujeito, e não há quem possa resistir à vossa vontade”¦ Vós sois o único Senhor do universo”, cantam os fiéis no início da Eucaristia do 27º Domingo comumDirigida aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo de Israel, a parábola do Senhor Jesus narra que um certo proprietário plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, escavou nela um lagar e construiu nela uma torre”. Depois de a arrendar a uns agricultores, partiu de viagem. O dono da vinha é Deus e a parábola é dirigida aos chefes do povo de Israel. O proprietário da vinha depositou a sua confiança nos agricultores, nas estes – diz-nos a parábola – atraiçoaram a confiança do dono da vinha. aconteceu na parábola e acontece historicamente muitas vezes no mundo, a indivíduos, a grupos, a povos e nações.como por exemplo, na nossa terra. Os seus primeiros agricultores, bem como os seus chefes, honravam a Deus e a ele dedicavam o progresso que iam fazendo na construção da nossa família nacional. agora há quem se tenha esquecido quem é o dono da nossa vinha. Gente e chefes que se comportam como se a vinha nada tenha a ver com o dono dela. Deus criou a sua vinha, o mundo, e arrendou-a aos homens, fazendo deles os seus agricultores. O homem não é dono do mundo, mas simplesmente o seu administrador. E a qualidade exigida a um administrador é a fidelidade às suas obrigações para com o dono, incluindo as questões ambientais. Erradamente, muitos há que se auto-definem como donos daquilo que não lhes pertence. Dado que o mundo é de Deus, a lógica manda que se dê ao Criador a glória que lhe cabe por direito.

Narra a parábola que a uma certa altura o dono da vinha ordenou aos seus empregados que fossem buscar o que lhe pertencia da colheita da vinha. Os agricultores maltrataram-nos, ou mataram-nos mesmo, recusando-se a dar ao dono da vinha o que lhe pertencia. Logicamente, que receberão o seu castigo. É estranho como às vezes, nos momentos de crise, poucos raciocinam que do mal feito surge o mal recebido. No dizer de Cristo, o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar (Mateus 24, 35). Esta incita-nos a uma grande confiança em Deus. Não há dúvida que os agricultores mereciam o castigo imediatamente quando receberam os primeiros enviados do dono. Mas não foi assim. O dono deu-lhes ampla oportunidade para cumprirem o seu dever, mandando-lhes repetidamente vários servos. Quer dizer, há esperança, se houver da nossa parte justiça e obediência aos direitos e à palavra do Senhor. É como se Cristo estivesse a dizer-nos na parábola: Tende confiança, o meu Pai é um Deus misericordioso e compassivo, paciente e cheio de bondade (Salmo 86,15). Basta virarmos as costas aos nossos erros, pedir e aceitar o perdão de Deus, acolher na nossa vida o seu Reino e tudo correrá bem. Encontraremos a solução para as nossas crises.