No país, mantém-se o preconceito e a intolerância para com as pessoas que não sejam muçulmanas. Os cristãos experimentam todos os dias episódios de «agonia e discriminação»
No país, mantém-se o preconceito e a intolerância para com as pessoas que não sejam muçulmanas. Os cristãos experimentam todos os dias episódios de «agonia e discriminação»«Há alguns dias fui imprimir algumas fotografias sagradas retratando o rosto de Jesus e a Cruz. O pessoal da impressora depois de ver imagens religiosas recusou-se a fazer o trabalho e falou-me sobre a sua política de não imprimir esse tipo de representações, conta Mushtaq anjum, diácono de Okara, na província de Punjab. «Esta situação chama todos os cristãos a serem mais corajosos em face de dificuldades para seguir a Cristo, e é também um desafio para a Igreja no Paquistão para não ceder à pressão e continuar a professar a sua fé, considera o diácono, prestes a ser ordenado sacerdote, segundo a agência Fides.
Francis Lazarus, pároco em Okara, constata que «este episódio em particular reflecte o crescente clima de intolerância religiosa que reina na sociedade paquistanesa. Os cristãos de todo o país experimentam quotidianamente esse tipo de agonia e discriminação. O Paquistão conta com diversos grupos étnicos e religiosos. Nas últimas três décadas, a intolerância religiosa aumentou drasticamente, apesar dos esforços da Igreja católica, dos líderes muçulmanos e de outras religiões, indica a mesma fonte. Os preconceitos não se verificam apenas entre os grupos fundamentalistas, mas também estão presentes na sociedade. Há uma dificuldade generalizada em aceitar pessoas com ideias e crenças religiosas diferentes.