«Turismo e aproximação das culturas» é o tema deste ano e pretende «sublinhar a importância que as viagens têm no encontro entre as diversas culturas do mundo, especialmente nestes tempos em que mais de novecentos milhões de pessoas fazem deslocações»
«Turismo e aproximação das culturas» é o tema deste ano e pretende «sublinhar a importância que as viagens têm no encontro entre as diversas culturas do mundo, especialmente nestes tempos em que mais de novecentos milhões de pessoas fazem deslocações»Na mensagem para este dia, o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral dos Migrantes e itinerantes, lembra que o turismo «pela sua própria natureza, pode favorecer tanto o encontro como o diálogo, já que mete em contacto com outros lugares, outras tradições, outros modos de viver, outras formas de ver o mundo e de conceber a história. antónio Maria Vegliò considera que para dialogar, «a primeira condição que se exige é a de saber escutar, querer ser interpelado pelo outro, querer descobrir a mensagem que encerra cada monumento, cada manifestação cultural, desde o respeito, sem prejuízos nem exclusões, evitando leituras superficiais ou tendenciosas.

Por isso é importante o «saber acolher e o «saber viajar, diz. O que implica que as actividades turísticas devam «organizar-se a partir do respeito pelas peculiaridades, leis e costumes dos países acolhedores. Mas também que «as comunidades que acolhem e os agentes profissionais deverão conhecer as formas de vida e as expectativas dos turistas que os visitam, sublinha citando a Organização Mundial do Turismo. Um dos objectivos da Pastoral do turismo – garante o presidente deste organismo pontifício – é «educar e preparar os cristãos de modo a que esse encontro de culturas que pode acontecer nas viagens não seja uma oportunidade perdida, mas que sirva certamente como um enriquecimento pessoal, que ajude a conhecer o outro, ao mesmo tempo que se conhece a si mesmo.

Neste diálogo que produz frutos de aproximação das culturas, a Igreja tem muito a dar, defende antónio Maria Vegliò. E aponta a necessidade de adoptar um «conjunto de iniciativas pastorais concretas de modo a «favorecer este diálogo intercultural e aproveitar o nosso património cultural ao serviço da evangelização. Os meios devem ser «actuais e interactivos, aproveitando os recursos pessoais e tecnológicos que estão à nossa disposição, salienta o responsável.

Entre estas propostas concretas está a elaboração de percursos turísticos que possibilitem a visita aos lugares mais importantes do património religioso-cultural das dioceses. Há um «imenso património cultural que surge da experiência da fé, «do encontro entre a cultura e o Evangelho, fruto da profunda vivência religiosa da comunidade cristã. Certamente, estas obras de arte e de memória histórica possuem um enorme potencial evangelizador, realça. ao mesmo tempo «deve-se favorecer um alargado horário de abertura, bem como dispor de uma estrutura de acolhimento adequada, considera. antónio Maria Vegliò aconselha à selecção de guias turísticos com formação espiritual e cultural «enquanto que se poderia estudar a possibilidade de criar organizações de guias católicos.

a Santa Sé adere a esta jornada do dia mundial do turismo desde o seu início, 1980. Nesta mensagem, o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral dos Migrantes e itinerantes anuncia a realização do segundo congresso mundial da Pastoral do turismo, em Cancún, México, de 23 a 27 de abril de 2012. a organização é do Conselho Pontifício em colaboração com a Conferência Episcopal Mexicana e a Prelatura de Cancún-Chetumal. «Será certamente uma importante oportunidade para continuar a aprofundar as propostas que a pastoral do turismo exige para o tempo presente, conclui antónio Maria Vegliò.