Só em 2011 ocorreram pelo menos 55 ataques violentos contra os cristãos. Bispos indianos pedem a aprovação de uma proposta de lei que «contribuirá a criar harmonia social e melhorará o bom-nome do país no contexto internacional»
Só em 2011 ocorreram pelo menos 55 ataques violentos contra os cristãos. Bispos indianos pedem a aprovação de uma proposta de lei que «contribuirá a criar harmonia social e melhorará o bom-nome do país no contexto internacional»Cristãos da Índia continuam a ser vítimas da violência de grupos radicais. Igrejas atacadas, orações interrompidas e impedidas por extremistas, cristãos e religiosos presos são alguns exemplos. Um relatório, enviado à agência Fides, pela «Global Council of Indian Christians, organização ecuménica que avalia a situação dos fiéis no país, indica que só em 2011 ocorreram pelo menos 55 ataques violentos. O número não abrange os casos de intimidação, agressão, ameaça, danos nos locais de culto. «Tudo isto não perturba apenas a paz e a harmonia no país, mas danifica também a imagem do país no exterior indica a entidade, lembrando que a Índia está mal conotada, por relatórios internacionais, no que respeita à liberdade no mundo.

Os bispos indianos apoiam «a adopção de uma medida legislativa para tutelar as minorias étnicas e religiosas na Índia, explicou à mesma fonte, Vicent Concessao, arcebispo de Nova Delhi. O «Communal Violence Bill, proposta de lei do governo, que pretende conferir ao Estado mais poder nos casos de violência contra as minorias, está parado no Parlamento. «Os partidos de oposição (como o Baratiya Janata Party, partido nacionalista hindu), mas também o Trinamool Congress, partido na coligação de governo, opõem-se à iniciativa, afirmando que, para proteger as minorias, danificariam a maioria, explica o arcebispo. « a finalidade da lei é apenas prevenir a violência, adoptando medidas adequadas e penalizando fortemente aqueles que iniciam e fomentam conflitos. Por isto, continuaremos a pedir ao governo que aprove a lei, fazendo pressão juntamente com todas as minorias étnicas e religiosas, afirma Vicent Concessão.