O Gana acolheu, de 12 a 16 de Setembro, um seminário sobre «O papel da Igreja no apoio a eleições pacíficas e crí­veis na África». O documento conclusivo do encontro indica que «a Igreja deve ser elogiada pelo seu papel como observadora»
O Gana acolheu, de 12 a 16 de Setembro, um seminário sobre «O papel da Igreja no apoio a eleições pacíficas e crí­veis na África». O documento conclusivo do encontro indica que «a Igreja deve ser elogiada pelo seu papel como observadora»Os participantes do encontro admitem que as eleições em África foram muitas vezes manipuladas, «para satisfazer interesses egoístas ou de partes, em detrimento do bem comum. Consideram: «Na sua missão profética, a Igreja tem um papel positivo a desempenhar nas eleições, para o bem de todos. a observação das eleições e o monitoramento devem ser promovidos activamente e a Igreja deve ser elogiada pelo seu papel como observadora.

Em muitos países africanos, «alguns cristãos ainda usam a identidade étnica na política para excluir outros, lamentam. «Pedimos aos nossos irmãos e irmãs para colocarem fim a esta tendência e fazer contar na política a sua fé e virtudes cristãs. Convidamos os nossos líderes políticos a exercerem com consciência a boa administração e a defender o bem comum dos interesses egoístas, étnicos, religiosos e partidários, indica o documento conclusivo, enviado à agência Fides.

as conclusões também apontam para a construção de limites físicos e psicológicos, «para criar divisões e conflitos que muitas vezes são violentos. Reconhece-se a necessidade de unidade. O espaço democrático aumentou e, em alguns países africanos, são realizadas eleições relativamente pacíficas e transparentes, mas «os conflitos eleitorais permanecem uma ameaça para a paz na África, assinalam.

a violência eleitoral tem origem na falta de vontade política, no analfabetismo, na pobreza, na má formação dos agentes eleitorais, entre outros factores. É reconhecido o importante papel dos meios de comunicação social. Contudo, admite-se que, muitas vezes, «foram usados para incitar o ódio e a violência, refere a mesma fonte. Em África, 12 países devem realizar eleições até ao final do ano e outros 14 em 2012.