Escolas de uma fundação que defende os direitos dos cristãos no Paquistão dão oportunidades de aprendizagem a menores desfavorecidos e tentam diminuir a influência dos grupos terroristas
Escolas de uma fundação que defende os direitos dos cristãos no Paquistão dão oportunidades de aprendizagem a menores desfavorecidos e tentam diminuir a influência dos grupos terroristasTrata-se de uma iniciativa da «Masihi Foundation, que actua em defesa dos direitos dos cristãos no Paquistão e a favor do desenvolvimento sociocultural da população. a fundação que se tornou popular por oferecer tutela legal a asia Bibi, cristã condenada à morte por blasfémia, pretende focar-se na educação e mudar a mentalidade da sociedade, adianta a agência Fides. Tem por objectivo concreto: «Subtrair terreno aos grupos islâmicos e terroristas que muitas vezes, através de iniciativas assistenciais ou educativas, manipulam as mentes dos jovens e os iniciam ao radicalismo, até construir pequenos kamikazes, explica Haroon Barkat Masih, dirigente da organização.

«Os doadores, de facto, contribuindo para o pagamento das despesas de um professor, alcançam o fim de instruir dezenas de jovens que, de outra maneira, estariam condenados à pobreza, ignorância, marginalização e analfabetismo, explica o responsável. a escola de Quetta é frequentada por 450 jovens cristãos e muçulmanos. Funciona com um ponto de encontro entre culturas e religiões, onde «se aprendem os valores humanos, o respeito pelo outro, a dignidade e a sacralidade da pessoa, o amor pela vida, a convivência e a paz, afirma Haroon Masih. as aulas são gratuitas e o número de jovens a aderir está a crescer, de acordo com a mesma fonte.

apesar dos riscos, (os grupos talibãs já têm atacado escolas de organizações não-governamentais ou de institutos cristãos), a Fundação Masihi mantém-se persistente. «É a nossa tarefa estar presente, para dar à população uma alternativa, defende o responsável. as escolas dão uma oportunidade a crianças, oriundas de famílias muito pobres, que de outra forma não teriam acesso à educação. «Trata-se de um primeiro passo para a promoção social da comunidade.