Congoleses retornados recebem títulos de propriedade. Medida faz parte de uma iniciativa do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para prevenir conflitos
Congoleses retornados recebem títulos de propriedade. Medida faz parte de uma iniciativa do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para prevenir conflitos«Eu não posso acreditar, afirma Salumu, um dos beneficiários que regressou ao país em 2008. Emocionado, o chefe de família, que perdeu tudo há 15 anos atrás, e que acabara de receber um título de propriedade, afirmou: «agora ninguém pode discutir comigo sobre a posse da minha terra. Eu tornei-me proprietário. O homem sexagenário fugiu do sul de Kivu, em 1996, devido à guerra civil com destino à Tanzânia, de onde só regressou em 2008.

Uvira e Fizi são as principais regiões de retorno de refugiados que viviam na Tanzânia e no Burundi. Desde 2005, mais de 64 mil congoleses a viver nesses dois países voltaram às suas terras de origem. Segundo o Comissariado (aCNUR), mais de 60 mil refugiados congoleses ainda vivem na Tanzânia e 29 mil no Burundi. a inexistência de habitações tem sido um dos desafios dos refugiados retornados. Depois de anos de ausência, muitos encontram as suas propriedades destruídas ou ocupadas. Nos últimos três anos, o aCNUR financiou a construção de 1,6 mil casas e entregou mais de 2,6 mil kits de abrigo para 21 mil pessoas. a entrega de títulos de propriedade veio responder às disputas pela posse da terra entre os retornados e as populações locais.