é «urgente a inserção do cristão na Política activa» e «não chega que sejamos bons» nos sectores sectoriais, defendeu Manuel Linda
é «urgente a inserção do cristão na Política activa» e «não chega que sejamos bons» nos sectores sectoriais, defendeu Manuel LindaO bispo auxiliar de Braga considera que é preciso ir além das margens da decisão política. O prelado salientou que «somos (Igreja) bons no apoio de quem mais precisa e «conseguimos socorrer muitos, com pouco. Mas, não basta, disse aos mais de cem participantes na conferência de encerramento do 27º encontro da Pastoral Social, que decorreu em Fátima.

Manuel Linda apontou a necessidade da intervenção dos cristãos na vida política. «É nos ministérios (dos governo) que os cristãos devem estar porque é ali que se tomam as decisões, salientou o prelado, reforçando a ideia que este desafio é «para vós leigos, não para nós padres, pessoas consagradas, afirmou. E questionou: «Porque é que nessa Europa fora, há tão poucos cristãos nos governos?

O prelado esclareceu que não tinha em mente a fundação de partidos cristãos, mas «a inserção em partidos democráticos e respeitadores da vida, que já existem. Manuel Linda responsabiliza o «relativismo ético da situação actual , em que os Estados modernos se fundam num consenso que «nem sempre é justo e até pode ser perigoso: abre as portas aos totalitarismos, ainda que sob a capa de democracia.

Há o «perigo, de todos os tempos , mas sobretudo do nosso, do regresso do Deus dinheiro. O outro é «visto como obstáculo pelo que «dedico-me mais ao cãozinho, disse o bispo auxiliar de Braga, apontando este exemplo como a situação actual que se vive na sociedade. «Para evitar escolhas unilaterais e redutoras é preciso «distinguir o bem verdadeiro do falso; requentado, nem que seja servido em hotéis de cinco estrelas, alertou.

Só a libertação integral da pessoa em Jesus, a procura da verdade, a gratuidade a favor dos irmãos e o humanismo podem mudar a sociedade. «À Igreja não compete gerir a justiça, nem substituir o Estado, mas não fica à margem da justiça e da solidariedade, garantiu Manuel Linda. Ela (Igreja) é «colaboradora, despertando as forças espirituais para aquela alteridade humanizada, concluiu o prelado.